Grupo francês prevê investir entre 250 mil euros e meio milhão de euros nas infra-estruturas no centro do Fundão.

A francesa Altran escolheu o Fundão para abrir um centro de serviços na área das tecnologias de informação, devendo criar entre 40 e 120 postos de trabalho. “Portugal passa a ser a plataforma de ‘nearshore’

[em países próximos] para deslocalizar projectos em sistemas de informação da Altran para toda a Europa”, revelou Célia Reis, directora-geral da Altran em Portugal, ao Diário Económico .

Nos últimos anos, a subsidiária portuguesa tem promovido o País junto do grupo francês para trazer este centro para Portugal. “Concluímos a nossa certificação, o que é muito positivo, pois passa uma imagem de qualidade.E conseguimos, apesar da crise, manter a nossa rentabilidade”, salienta Célia Reis. Foi também importante para a empresa o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e da secretaria de Estado para a Inovação e Empreendedorismo.

Presente em 16 países, a Altran passa a ter duas grandes plataformas de deslocalização: uma na Índia (para a qual são encaminhados os projectos no domínio da engenharia mecânic) e outra em Portugal (para os projectos em sistemas de informação). “A nossa concorrência [no ‘nearshore] não é a Índia, mas os países de Leste que estão a crescer, têm bons engenheiros e uma mensagem muito bem organizada”, explica Célia Reis.

Equipas em mudança
O centro português de serviços, a funcionar há cerca de duas semanas com perto de 40 consultores, vai trabalhar com clientes em toda a Europa. “Alguns colaboradores do centro são já consultores nossos que optaram por deixar Lisboa e viver no Fundão, sobretudo as pessoas mais séniores que procuram uma vida mais calma. Outras são novas contratações”, explica a responsável. Para o perfil de consultora, a Altran exige que se fale fluentemente inglês ou francês. “É mais fácil encontrar quem fale inglês. Ao contrário, é muito difícil encontrar colaboradores fluentes em francês”, refere a directora-geral.

A Altran prevê investir entre 250 mil euros e meio milhão de euros nas infraestruturas do centro no Fundão (rede, acessibilidades, máquinas dedicadas, etc). No ano passado, a actividade de ‘nearshore’ gerou uma facturação de um milhão de euros, mas deve duplicar este ano. No ano passado, a tecnológica facturou 17,6 milhões de euros, menos 5% que em 2011. Para este ano, e apesar da crise, “o objectivo passa por crescer 5%, o que é extremamente agressivo face ao mercado nacional. Mas a velocidade com que a empresa está hoje permite-nos acreditar que é possível”, conclui a directora-geral da Altran.

Fonte: Negócios

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