No setor bancário, a notícia de que terá sido o Barclays a denunciar os seus pares, foi recebida com surpresa. De acordo com o Diário Económico Decisão de denunciar alegado cartel de spreads e preços de comissões da banca partiu dos escritórios de Londres da multinacional. A subsidiária portuguesa recusa comentar.

O Barclays ainda não prestou declarações à Associação Portuguesa de Bancos (APB). Contudo, a reunião de segunda-feira, de 18 de março, porá, pela primeira vez, frente-a-frente o banco e a associação.

A isto junta-se o facto de o responsável pelo Barclays em Portugal, ter assento na APB. Esta associação sempre negou práticas anti-concorrenciais. Uma mensagem reforçada pelo presidente da APB que disse ser “de todo improvável que haja qualquer concertação de preços ou de qualquer outra natureza”.

Responsáveis do setor garantem que este negócio é “altamente competitivo e transparente”, sendo que vários bancos questionam as razões que levaram a que um dos seus pares os denunciasse.

Contudo, avança o Diário Económico, que sem a colaboração do Barclays, ou de outros dos envolvidos, o regulador não teria conseguido reunir os indícios para iniciar as buscas. Ao avançar com a denúncia, o banco fica protegido pelo regime de clemência e não será alvo de coimas, se a cartelização se confirmar.

O banco ficará assim isento de coimas, que podem chegar até 10% do volume de negócios dos envolvidos.

Fonte: dinheiro Vivo

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