A Pernod Ricard Portugal, que detém a Macieira, quer reforçar as exportações.

As marcas de ‘brandy’ e aguardente Macieira, D’Alma e Aldeia Velha acabam de se estrear nos mercados chinês, russo e filipino. Este é o resultado da estratégia da Pernod Ricard Portugal que decidiu apostar no reforço das exportações da participada portuguesa Casa Macieira, que hoje já valem 1,5 milhões de euros.

“Estamos a apostar fortemente na exportação das nossas marcas locais”, assume o presidente da Pernod Ricard Portugal (PRP), Denis Fiévet, ao Diário Económico. A Macieira é a marca mais vendida da PRP em termos de volume e os Estados Unidos, França, Canadá e Brasil são os principais destinos das marcas produzidas pela Casa Macieira.

O grupo de origem francesa está, em simultâneo, atento aos movimentos do sector vinícola português. A Pernod Ricard, que já detém várias marcas de vinhos na Austrália, Nova Zelândia, Espanha e Argentina, admite que o mercado nacional pode vir a integrar o seu portfolio. “Portugal poderá vir a fazer parte dos nossos projectos, embora não haja uma previsão no curto prazo”, adianta Denis Fiévet. Neste momento, a subsidiária do grupo francês está concentrada em “construir parcerias”, tendo recentemente incorporado na carteira a distribuição dos vinhos Monte da Ravasqueira.

Apesar do negócio estar concentrado nas bebidas destiladas, a PRP assumiu a estratégia de crescer no segmento dos vinhos de mesa. Esta entrada dos vinhos do grupo José de Mello no portfolio da PRP vai permitir “acrescentar prestígio e incrementar vendas”, realça Denis Fiévet.

A PRP comercializa vinhos das “quatro regiões vitivinícolas que achamos mais importantes: Alentejo, Dão, Douro e vinhos verdes”, adianta o mesmo responsável. Para Denis Fiévet, “os vinhos são estrategicamente importantes para trabalhar o dia-a-dia do ‘trade'”, até porque no País “há sinergias claras entre os vinhos ‘premium’ e os destilados ‘premium'”, bebidas que são adquiridas pelo mesmo “tipo de consumidores nos hotéis, restaurantes, bares e discotecas”.

A PRP, que comercializa em Portugal cerca de 15 marcas próprias de bebidas espirituosas, com excepção do Drambuie, foi responsável no ano passado por um volume de vendas de 35 milhões de euros. Segundo Denis Fiévet, a empresa vendeu 600 mil caixas de nove litros, “mantendo a estabilidade face ao ano anterior mas com maior contribuição em termos de facturação”. Para essa evolução, terá também contribuído o aumento do Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas, que tem registado incrementos anuais na ordem de 7,5%.

Segundo o responsável, o mercado português oferece “grandes oportunidades” em bebidas como o gin e o rum, mas o segmento do whiskey tem tido decréscimos.
Apesar da Macieira ser a marca mais vendida da PRP em volume, Ballantines e Jameson têm uma maior representatividade em termos de facturação, adiantou sem concretizar com números.

Fonte: Económico

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