Os mercados europeus negoceiam no vermelho, penalizados pelos resultados empresariais.

No dia em que 20 empresas do Stoxx 600 vão apresentar as contas, o destaque vai para os títulos da Sony Ericsson, que disparam 11,85% para os 76,95 euros. A subida das acções da operadora de telecomunicações deve-se ao facto de a empresa ter reportado uma subida das vendas nos últimos três meses do ano, devolvendo a esperança aos investidores para que este seja o início de uma recuperação no sector.

Ainda assim, a maioria dos resultados empresariais são desanimadores para os investidores. O Deustsche Bank registou prejuízos, os lucros do Santander ficaram aquém das estimativas e os lucros anuais da Shell diminuíram em 2012.

“A Europa está negativa, com os resultados empresariais a penalizar os mercados”, disse João de Deus, analista da Dif Borker, ao canal ETV.

Assim, o PSI 20 perde 1,05% para os 6.204,27 pontos, em linha com os restantes mercados accionistas: o espanhol Ibex recua 1,74%, o francês CAC cede 0,64% e o alemão Dax desvaloriza 0,37%. Já o italiano Mib deprecia 1,25%.

Por Lisboa, são 18 as cotadas no vermelho, uma inalterada e uma no verde. O sector bancário, que apresentou ganhos no início da sessão, inverteu para vermelho. O BCP perde 2,91 euros para 0,10 euros, enquanto o BES desvaloriza 1,37% para os 1,079 euros. Já o BPI desce 0,08% até aos 1,28 euros. Ontem, o banco liderado por Fernando Ulrich bateu estimativas e apresentou um lucro de 249 milhões no ano passado.

Entre as cotadas com maior ponderação, a Jerónimo Martins (-0,75%), Galp (-0,91%) e Portugal Telecom (-0,86%) também não escaparam às perdas, que são lideradas pela Mota-Engil, com um tombo de 4,91% até aos 2,13 euros. Ainda assim, a construtora mantém o título de empresa mais lucrativa do PSI 20 em 2013, ao apresentar um retorno de 36% desde o início do ano.

Numa altura em que o euro deprecia 0,04% para os 1,3562 euros, os investidores estão também focados no encontro entre a chanceler alemã, Angela Merkel, que recebe hoje o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, no âmbito de uma ronda de contactos com líderes europeus para tentar alcançar um consenso em relação aos orçamentos comunitários para o período 2014-2020.

Do outro lado do Atlântico, em Washington, o departamento do Trabalho publica o relatório com os pedidos iniciais de subsídio de desemprego.

Fonte: Económico

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