O grupo canadiano está interessado em três novas concessões: duas de ouro e uma de cobre. As propostas de concessão já estão nas mãos do Governo.

A Colt Resources, grupo mineiro canadiano que está a explorar as minas de ouro, na região de Boa-Fé/Montemor-o-Novo, e de tungsténio, em Tabuaço, tem em marcha um plano de investimentos para Portugal que deverá atingir 150 milhões de euros.

A aposta no mercado nacional, onde o grupo entrou em 2007, promete em breve ganhar um novo impulso, com um reforço da sua carteira de activos.

“Identificámos três novas oportunidades de investimento mineiro, duas de ouro, em Borba e no Cercal, e uma de cobre, em Adorigo, no concelho de Tabuaço. As propostas de concessão já estão nas mãos do Governo”, afirmou o presidente da Colt Resources, Nikolas Perrault, em entrevista ao Diário Económico.

“Portugal tem um grande potencial geológico e uma tradição de exploração mineira que remonta a mais de dois mil anos. Foi com grande surpresa que verificámos, quando aqui chegámos, que há pouca actividade neste sector. As empresas mineiras estão a ir sobretudo para o México, Peru, Chile, Brasil e Portugal tem muitos geólogos a trabalhar no estrangeiro, quando existe um grande potencial no país”, realça Nikolas Perrault.

“Estamos sempre interessados no que possa surgir. Somos a companhia mineira que se encontra em fase mais desenvolvida em Portugal. O Governo português laçou muitas concessões, mas se as juntar todas, somos a empresa mais activa”, acrescenta o gestor.

Em avançado estado de exploração, o projecto de ouro, no Alentejo, já absorveu cerca de 10 milhões de euros de investimento [as previsões são de 50 a 60 milhões] e concentra uma boa dose do optimismo da Colt Resources. No final do último ano, a empresa descobriu uma nova zona de ouro significativa, dentro da licença de Boa-Fé.

“Os dados recolhidos abaixo do depósito de Chaminé aumenta a nossa crença de que tanto Boa-Fé, como Montemor, podem hospedar uma mineralização significativa, e que o trabalho anterior testou apenas uma parte relativamente pequena de uma zona potencialmente maior”, destaca. A empresa espera agora dados mais conclusivos no início de Março.

Estimativas iniciais dos responsáveis pelo grupo canadiano apontavam para a possibilidade de Boa-Fé contar com oito milhões de onças de ouro.

A avançar também para a fase de licença experimental de exploração está a mina de tungsténio, em Tabuaço. O contrato com o Executivo português deverá ocorrer nos próximos dias. “Os resultados dos testes metalúrgicos finais vêm confirmar o potencial para desenvolver uma operação mineira de exploração de tungsténio de sucesso em Tabuaço”, sublinhou Nikolas Perrault.

Considerado o minério do apocalipse, por ser o último a derreter, o tungsténio é usado sobretudo na indústria militar e de alta tecnologia. “Acreditamos estar na posse de um projecto de classe mundial”, refere o mesmo responsável.
Para este projecto deverá serão canalizados entre 80 a 90 milhões de euros. Um valor justificado pela complexidade técnica da mina que, ao contrário do que sucede no Alentejo, não será a céu aberto.

Fonte: Económico

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