Os preços em Luanda subiram 29,23% nos últimos 12 meses, até Maio, renovando máximos históricos ao dispararem 3,46% face ao mês anterior, de Abril, influenciados pelas bebidas e alimentos.

A informação consta do relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola sobre o comportamento da inflação, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, que destaca que a inflação estava em maio de 2016, face ao mesmo mês do ano anterior, 20,37 pontos percentuais mais alta.

Neste relatório do Índice de Preços no Consumidor (IPC), Luanda apresentou aumentos, no espaço de um mês, nas classes “Bebidas Alcoólicas e Tabaco”, com 4,72%, na “Alimentação e Bebidas não Alcoólicas”, com 4,49%, e na “Saúde”, com 3,33%.

No Orçamento Geral do Estado para 2016, o executivo angolano prevê uma taxa de inflação (a 12 meses, Janeiro a Dezembro) de 11%.

Desde praticamente setembro de 2014 que a inflação em Luanda não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de crude, o que fez disparar o custo nomeadamente dos alimentos, levando algumas superfícies a racionalizar as vendas.

Luanda é considerada em estudos internacionais como a capital mais cara do mundo.

Já o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) – não há dados agregados para um ano no registo de todo o país – registou uma variação de 3,31% entre abril e maio.

Além de Luanda, as subidas no último mês foram lideradas pelas províncias de Cabinda (3,75%) e da Lunda Sul (3,69%), enquanto na posição oposta figuraram as províncias do Huambo (2,55%), Benguela (2,74%) e Cunene (2,83%).

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a 06 de abril que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos foram debatidos nas reuniões de primavera, em Washington, prosseguindo em Luanda desde 01 de junho e até terça-feira.

O ministro das Finanças de Angola, Armando Manuel, esclareceu, entretanto, que este pedido será para um Programa de Financiamento Ampliado para apoiar a diversificação económica a médio prazo, negando que se trate de um resgate económico.

Fonte: Económico

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