As empresas estão a diversificar as exportações e a apostar em mercados como China, EUA e Coreia.

O ano avizinha-se promissor para a indústria portuguesa de calçado. Depois de em 2012 ter ultrapassado 1,6 mil milhões de euros de vendas internacionais (mais 4,5% que em 2011), a indústria nacional prepara-se para novo crescimento este ano. Novos mercados como os Estados Unidos da América, China e Coreia deverão ajudar a alavancar as exportações.
“O mercado externo é a prioridade, temos linhas preparadas para o consumidor estrangeiro, e a China é um país que atrai economicamente”, adianta a directora comercial Handsteps, Marina Carvalho. A marca entre também já este mês no Japão, com as marcas See 2 Be e Sílvia Rebatto.
A empresa, que garantiu 70% dos quatro milhões de euros facturados em 2012 no exterior, está apostada em aumentar as vendas, estimando para este ano uma facturação de cinco milhões. A exportação será a alavanca de crescimento, assim como o facto de ter uma marca para um público mais jovem e outra de linhas mais clássicas.
A Felmini, que tem em Itália o principal mercado, também prevê uma subida do volume de vendas. A empresa, que tem registado nos últimos anos taxas de crescimento de 15%, admite “um pequeno aumento,” suportado pelas vendas na Europa mas também nos Estados Unidos, onde acabou de entrar no retalho. Como adiantou Joaquim Moreira da Silva, proprietário da empresa, “o produto Felmini não é afectado pela crise, na loja o preço vai dos 110 euros até aos 350”.
A Ambitious, marca que conta apenas dois anos de existência, está a registar uma forte aceitação dos mercados. “Em dois anos duplicamos o volume de negócios, tem sido sempre a crescer”, disse Pedro Ramos, director comercial. Os sapatos Ambitiuos, da empresa Celita estão à venda na Europa e América, sendo que mais recentemente entraram na Coreia e Japão. A empresa prevê atingir vendas de sete milhões, um crescimento face aos cinco milhões de 2012.
Depois de ter encerrado o ano com vendas de 16 milhões de euros, Reinaldo Teixeira, da Carité, mostra-se cauteloso face a 2013. “As previsões de vendas são manter ou até aumentar”, adiantou, salientando que aguarda ainda o fecho de alguns novos contratos. A empresa também não vai deixar passar a oportunidade de marcar presença na MICAM Shangai e “a expectativa é boa”, frisou. José Pontes demonstra prudência em avançar estimativas para 2013, isto porque no ano passado a Cruz de Pedra registou um crescimento de 20% face a 2011 e fechou o exercício com vendas de seis milhões. “2012 foi um ano bom”, por isso, prefere antecipar uma estagnação nas vendas.
Já a Fly London, marca do grupo Kyaia – o maior do sector do calçado português -, prevê um “salto quantitativo na facturação”, através do crescimento de vendas no Canadá, China e Estados Unidos. “Nestes dois primeiros meses tivemos um grande crescimento”, mas “vamos aguardar até Abril a ver se os valores se mantêm”, revelou o presidente do grupo, Fortunato Frederico.
O grupo Kyaia fechou o exercício de 2012 com um volume de negócios próximo dos 56 milhões, sensivelmente o mesmo valor que em 2011. “Foi um ano de consolidação, em que a Fly London perdeu dois milhões de vendas em Portugal, que conseguiu recuperar na exportação”, revelou o mesmo responsável.

Fonte: Económico

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