Atenas negoceia com troika cortes de funcionários públicos. Reforma do Estado com duas demissões.

O ministro francês do Orçamento, Jérôme Cahuzac, reconheceu ontem que os ajustes, seja na forma de novos impostos ou cortes na despesa, têm um efeito recessivo a curto prazo, pelo que não será aplicada mais austeridade este ano.

“Tendo em conta a debilidade da conjuntura actual, está afastada a hipótese de pedir novos esforços aos franceses em 2013”, sublinhou Cahuzac, numa entrevista publicada no “Le Journal du Dimanche”. O governante frisou que a meta do governo francês é cumprir em 2014 a regra europeia segundo a qual o défice não deve exceder os 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

O objectivo dos 3% esteve inicialmente fixado pelo governo francês para este ano, mas o executivo decidiu abandoná-lo oficialmente em finais de Fevereiro, face às perspetivas económicas desfavoráveis, confirmadas pela Comissão Europeia.

Grédia sem mais austeridade Na Grécia,  a promessa é semelhante. O primeiro-ministro Samaras garante que não haverá mais austeridade este ano numa altura em que o seu ministro das Finanças negoceia cortes de funcionários públicos e de dois membros da comissão encarregue da reforma do estado terem apresentado a demissão.O ministro grego das Finanças vai iniciar conversações com os credores internacionais do país, horas depois da resignação de dois dos mais importantes funcionários da equipa para a reforma grega.

A reunião com a troika, sobretudo centrada no corte de postos de trabalho, irá determinar se Atenas vai reivindicar uma fatia do empréstimo de 2,8 mil milhões de euros, devido até ao final deste mês. A Grécia tem de cumprir as condições de resgate adoptadas no ano passado e que prevêem ainda o corte de mais 25 000 postos de trabalho em 2013 e um total de 150 mil até ao final de 2015. Uma tarefa dura em que poucos acreditam, numa altura em que volta à agenda a saída da Grécia do euro.

Fonte: Jornal i

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