Sector privado francês perdeu 44,6 mil postos de trabalho no quarto trimestre, elevando para 100 mil a destruição do emprego em 2012. Comércio é o sector mais afectado.

Ao longo de 2012, o gabinete de estatística francês (Insee) registou uma redução de 99,5 mil postos de trabalho em França no sector privado. As estatísticas do emprego nas empresas francesas para o quarto trimestre de 2012 foram publicadas nesta quarta-feira e completaram os dados do total de 2012.

De acordo com as estatísticas divulgadas pelo Insee, o ritmo de destruição do emprego privado em França manteve-se nos últimos três meses do ano, período durante o qual se perderam 44,6 mil postos, um valor em linha com os resultados do terceiro trimestre.

Distribuída por sectores, a quebra no emprego do sector privado no total de 2012 significou menos 56 mil postos de trabalho no comércio e menos 29 mil empregos na indústria. Os 99,5 mil postos destruídos representam 0,6% do total do emprego do sector privado.

Os dados do emprego privado surgem já depois de ter sido revelado um aumento no desemprego em França para a casa dos 10%, que já não era atingida desde a década de 90.

O sector empresarial francês tem sido particularmente afectado pela recessão no país, que se agravou no final de 2012. A escalada do desemprego e a perda de competitividade do sector empresarial, factores particularmente severos considerando o agravado fosso da capacidade comercial francesa face à alemã, tem motivado um conflito aberto entre empresários franceses e o Governo de François Hollande.

Empresários franceses e responsáveis do Fundo Monetário Internacional (FMI) uniram-se já no apelo à liberalização dos despedimentos em França e ao corte dos impostos sobre o rendimento, num esforço para aumentar a competitividade comercial do país.

Mas o Governo socialista de François Hollande, de costas voltadas aos apelos de liberalização dos despedimentos e de quebra nos impostos, anunciou que o programa governamental de estímulo às empresas francesas tomaria a forma de uma linha de investimento.

Fonte: Público

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