Os ministros das Finanças da zona euro vão começar a discutir hoje os pedidos de Portugal e Irlanda para terem mais tempo para pagar os empréstimos concedidos sob os programas de ajustamento, mas sem “pressa” em tomar uma decisão.

Um alto responsável do Eurogrupo disse na semana passada que há uma “predisposição positiva” para atender os pedidos de Portugal e Irlanda, mas indicou que ainda não será na reunião de hoje, em Bruxelas, que será tomada uma decisão, até porque a questão não é urgente, uma vez que a saída dos programas está ainda distante (no caso de Portugal, ainda falta mais de um ano).

Comentando que não antevê quaisquer dificuldades políticas ao aval às pretensões de Lisboa e Dublin no sentido de uma extensão das maturidades dos empréstimos, face à boa implementação dos programas em ambos os países, a mesma fonte sublinhou, todavia, que há uma série de aspetos técnicos a analisar, tendo sido pedido às instituições da ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) que procedam a essas análises durante as suas missões de revisão.

Atualmente está a decorrer a sétima avaliação da ‘troika’ a Portugal.

Deste modo, reforçou, a discussão de hoje será apenas “preliminar”, tendo lugar um “debate de orientação”, para se ter uma ideia melhor de que género de extensão se poderá tratar, que nunca poderá ser “exorbitante”, comentou, pois tal seria um mau sinal para os mercados.

A 21 de janeiro, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, solicitou ao Eurogrupo a extensão dos prazos de maturidade dos empréstimos a Portugal, de modo a facilitar o regresso aos mercados, afirmando ter a “expectativa fundada” do apoio dos seus parceiros do euro.

Na agenda da reunião de hoje, que tem início às 15:00 locais (14:00 de Lisboa), volta a estar o pedido de assistência financeira solicitado por Chipre, com os 17 a discutirem os moldes do mesmo com o novo governo do país, embora não seja esperada ainda uma decisão definitiva.

Fonte: Dinheiro Vivo

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