A Sonae destacou hoje o reforço dos resultados operacionais da Sonae MC e da Sonaecom em 2012 e atribuiu a quebra de 69% no lucro consolidado, sobretudo, “ao menor valor de mercado do portefólio de centros comerciais na Europa”.

Em comunicado, o grupo liderado por Paulo Azevedo afirma-se “satisfeito com a performance operacional e financeira” alcançada pelas várias áreas de negócio ao longo de 2012, “que se traduziu num volume de negócios consolidado praticamente estável e numa melhoria da rentabilidade operacional e da geração de cash-flow

[fluxo de tesouraria]”.

Relativamente à Sonae MC (área de retalho alimentar), o grupo destaca o reforço da posição no mercado português e o aumento da margem EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) e EBIT (resultados operacionais), que atribui “a uma bem-sucedida implementação, ao longo dos últimos anos, de várias iniciativas focadas em ganhos de produtividade e eficiência”.

“As medidas tomadas durante 2012 permitiram já uma melhoria da capacidade de geração de cash-flow, sustentada por uma otimização da cadeia de abastecimento”, refere, embora admitindo que “estas reestruturações levaram a uma redução das margens e rentabilidade deste negócio em 2012”.

No ano passado, o volume de negócios da Sonae MC recuou 1,4%, para 3.281 milhões de euros, “refletindo a evolução negativa das vendas num universo comparável de lojas”, enquanto o EBITDA aumentou 7%, para 250 milhões de euros.

Quanto à Sonae SR, (área de retalho não alimentar que inclui insígnias como a Worten, Sportzone, Zippy e Modalfa), o seu contributo para os resultados do grupo foi negativo em 25 milhões de euros, “significativamente abaixo” de 2011 (um milhão de euros positivo).

Segundo o comunicado, “as significativas poupanças de custos e ganhos de eficiência conseguidos pelos diferentes negócios ao longo de 2012 não foram suficientes para compensar as fortes quebras de vendas sentidas nos mercados ibéricos ao nível das categorias discricionárias, que sofreram uma nova deterioração no 4.º trimestre de 2012”.

Na Sonae RP (‘retail properties’, área do grupo que tem os ativos imobiliários afetos à atividade de exploração), o EBTIDA recorrente aumentou 3%, para 107 milhões de euros, representando uma margem de 89,4% das vendas.

No que respeita à Sonaecom, o grupo destaca terem sido alcançados “importantes objetivos estratégicos ao longo de 2012, em áreas como notoriedade da marca, serviços de dados móveis, tecnologia 4G e satisfação do consumidor”, a par de “mais um crescimento da rentabilidade”.

“O ano foi também marcado pelo anúncio público do acordo alcançado entre os maiores acionistas da Optimus e Zon para os termos de uma proposta de fusão entre as duas empresas”, recorda.

Em 2012, o volume de negócios da Sonaecom diminuiu 4% para 825 milhões de euros, sobretudo devido a menores vendas de equipamentos (menos 15,7%) e menores receitas de serviço (menos 3,3%), “determinadas não apenas pelo impacto das medidas de austeridade sobre o nível de consumo, mas também pela redução das tarifas reguladas”.

Já o EBITDA da Sonaecom progrediu 6% para 250 milhões de euros, o que corresponde a uma margem de 30,2% (mais 3 pontos percentuais do que em 2011).

Relativamente à Sonae Sierra, o grupo nota que “o menor nível de rendas recebidas no sul da Europa foi significativamente compensado pelo desempenho noutras geografias, com especial relevo para o Brasil”, o que permitiu à empresa aumentar em 3% o nível do EBITDA face a 2011.

O volume de negócios da especialista em construção e gestão de centros comerciais manteve-se estável, nos 227 milhões de euros, enquanto o EBTIDA aumentou 3%, para 116 milhões de euros, e o resultado líquido foi negativo em 46 milhões de euros, sendo a parte atribuível à Sonae de menos 23 milhões de euros.

Fonte: Dinheiro Vivo

 

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