WaterBunkers comprou a Alardo há dois anos, em insolvência, e investe dois milhões na modernização.

Depois de passar por um processo de insolvência e de ter sido comprada há cerca de dois anos pela sociedade gestora de participações WaterBunkers, a marca Águas do Alardo tenta contornar as dificuldades financeiras com a aposta na internacionalização.

O director-geral da nova empresa, Nascente Divina Águas do Alardo, revelou ao Diário Económico que depois da aquisição em leilão “já se investiram dois milhões de euros na fábrica” e aposta tudo na exportação. “Estamos a exportar para dez países, onde se inclui China, Macau e PALOP”, afirma Mário Gomes, realçando que 90% da produção que sai das linhas de engarrafamento de água já são para venda no exterior. Para este ano, a empresa prevê ainda iniciar a exportação para os Estados Unidos e Rússia.

Mário Gomes salientou que com o investimento de dois milhões de euros – teve como destino a área industrial, para tornar a fábrica mais automatizada, e a formação do pessoal – permitiu “triplicar a produção” da unidade de Castelo Novo, no Fundão. Esta fábrica tinha uma capacidade de 20 milhões de litros anuais até 2011 e passou para mais de 100 milhões.

De acordo com a mesma fonte, se tudo correr como planeado, a entrada em novos mercados, permitirá “chegar a 150 milhões de litros”. Mário Gomes admite ainda duplicar o número de colaboradores no espaço de ano e meio, sendo que a fábrica emprega hoje 22 pessoas na parte industrial.

A empresa prepara-se ainda para entrar no mercado ‘gourmet’, com o lançamento no próximo Verão da Alardo Premium, uma água para o segmento alto, que será também, numa primeira fase, para exportação. Sem revelar o volume de vendas actual, o director-geral salienta que, na altura da compra, o prejuízo da fábrica ascendia a dez milhões de euros. “Hoje já está a dar lucro”, garante o gestor.

De acordo com Mário Gomes, a visibilidade da marca Alardo, a escolha selectiva de parceiros no retalho alimentar no estrangeiro, em que se tem privilegiado mais os retalhistas de proximidade, a par do investimento nos recursos humanos, terá ajudado também à reabilitação financeira da empresa.

A WaterBunkers, criada em 2010, comprou o património da Águas do Alardo há dois anos, antes detida pelo empresário Sousa Cintra. É também a gestora de participações nas Águas São Martinho, São Cristovão, Monchique, entre outras. Fora do negócio ficaram as dívidas da Águas do Alardo, cujos processos ainda correm em tribunal.

Fonte: Negócios

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