Fricon conta com duas fábricas em Portugal e uma no Brasil só para o mercado interno.

O nome Fricon é desconhecido de muitos mas está presente no dia-a-dia de todos os portugueses. É nas arcas de refrigeração da Fricon que estão os gelados da Olá nos cafés e restaurantes portugueses, assim como é nos equipamentos de congelação desta empresa que estão todos os produtos congelados nos supermercados Pingo Doce.

A empresa nasceu em Touguinha, uma pequena aldeia de Vila do Conde, e cresceu para o mundo em 38 anos. O primeiro grande parceiro internacional da Fricon – e que o projectou a nível internacional – foi a Unilever. Conquistado o cliente para o mercado português, a Fricon começou a produzir as arcas para os gelados da multinacional para todos os países do mundo onde a Unilever está presente.

A partir de 2000, a empresa aposta também em arcas de congelação para supermercados e é aí que ganha protagonismo. Hoje em dia, as arcas de congelação da norte-americana Walmart, maior retalhista do mundo, foram produzidas em Touguinha assim como as que estão nos supermercados da cadeia francesa Carrefour.

Em entrevista ao programa Grandes Negócios, do Etv, Hércules Zurita, director da área de desenvolvimento de negócios da Fricon, diz que esta conquista foi “através do trabalho de formiguinha, com uma grande pesquisa e a oferecer aquilo que temos para oferecer: produtos de qualidade, com grande capacidade de entrega e preço altamente competitivo na relação entre a qualidade do produto e a eficiência energética”. Segundo o responsável, a Fricon “posiciona-se como parceira. Já passou a fase de vender a todo o custo”, desenhando até soluções de frio à medida das necessidades dos clientes.

A Fricon tem presença comercial em mais de 50 países e abriu há um ano e meio uma delegação comercial em Madrid, o que está já permitiu “multiplicar o número de contratos da empresa no mercado espanhol”, admitiu Hércules Zurita.

Em Touguinha, a Fricon tem duas fábricas com 120 pessoas onde produz cerca de 40 mil arcas de refrigeração e congelação e outra onde fabrica os componentes para os seus equipamentos.

A empresa abriu também uma fábrica no Recife, no Brasil, em 1995, que produz 200 mil unidades por ano e que dá trabalho a 800 pessoas, apenas com produção para o mercado interno.

Da produção das fábricas portuguesas entre 85% a 90% dirige-se para os mercados internacionais. A Rússia foi a mais recente aposta da empresa, um mercado que Hércules Zurita admite ser “difícil pela competitividade e pela instabilidade cambial do rublo”. Para os próximos três anos, as prioridades já estão traçadas: “as baterias estão apontadas para a América Central e o sul-asiático, depois da entrada recente no Emirados Árabes Unidos”. Para alimentar os novos mercados, a Fricon tem um plano de investimento para o triénio, que acaba em 2015, com 1,5 milhões de euros para reforçar as fábricas com recurso a capitais próprios, pois a facturação da empresa ronda os 20 milhões de euros.

 

Fonte: Económico

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