O abandono deste segmento de clientes surge depois da reestruturação anunciada pelo BBVA no final de 2014.

O BBVA deixou de oferecer aos seus clientes crédito à habitação. No preçário de Julho, actualizado ontem, a instituição financeira liderada por Luís Castro e Almeida deixou de publicitar crédito à habitação tradicional. O financiamento para a compra de casa através do BBVA está disponível apenas para quem adquira um dos imóveis da carteira do Banco. O recuo nesse segmento de clientes resulta de uma mudança estratégica do banco espanhol, em que o crédito a particulares deixou de ser uma prioridade.

“O objectivo do banco em Portugal é estar focado em ajudar ao crescimento do país, por isso, aposta em apoiar as empresas com financiamento e ajudar os particulares a aumentar a sua riqueza através de soluções de poupança e investimento”, explicou ao Diário Económico fonte oficial do BBVA.

De recordar que no final de 2014, o banco anunciou um processo de reestruturação, visando mudar o seu posicionamento no mercado com o objectivo de definir “uma estratégia de futuro, assente em três pilares fundamentais”, segundo explicava o BBVA no relatório e contas de 2014. Além da aposta na banca digital ao nível do segmento de retalho, os restantes pilares definidos pela banco incluíam um maior foco no segmento ‘premium’ e de banca privada, bem como o reforço da actividade no segmento de empresas. Para prosseguir a sua nova estratégia, o banco decidiu encerrar 43 agências e avançou com um despedimento colectivo de 146 colaboradores.

O banco espanhol está presente em Portugal há mais de duas décadas, onde tem uma quota de mercado de cerca de 1%. No final do ano passado, a sua carteira de crédito a clientes totalizava 4.648 milhões de euros. Desse total, cerca de 2.338 milhões respeitavam a crédito a particulares, sendo cerca de 90% desse valor crédito à habitação.

A decisão do BBVA em recuar no segmento de crédito à habitação surge em contraciclo com aquela que tem sido a tendência do sector em Portugal. Sobretudo desde o início deste ano, em que a generalidade dos bancos têm vindo a rever em baixa os seus leques de ‘spreads’. Neste momento já há oito bancos a disponibilizar crédito à habitação com ‘spreads’ a partir de valores inferiores a 2%. Até à retirada do crédito à habitação tradicional do preçário, o BBVA publicitava ‘spreads’ a partir de 4% para essa finalidade de crédito, bastante acima dos valores publicitados pela concorrência.

Quem optar por adquirir um imóvel da carteira do BBVA poderá contar com um financiamento com um ‘spread’ de 2,5%, quando antes a instituição financeira publicitava ‘spreads’ a partir de 1% no crédito à habitação com essas características.

A decisão do BBVA em recuar no segmento de crédito à habitação surge em contraciclo com aquela que tem sido a tendência do sector em Portugal. Sobretudo desde o início deste ano, em que a generalidade dos bancos têm vindo a rever em baixa os seus leques de ‘spreads’. Neste momento já há oito bancos a disponibilizar crédito à habitação com ‘spreads’ a partir de valores inferiores a 2%. Até à retirada do crédito à habitação tradicional do preçário, o BBVA publicitava ‘spreads’ a partir de 4% para essa finalidade de crédito, bastante acima dos valores publicitados pela concorrência.

Quem optar por adquirir um imóvel da carteira do BBVA poderá contar com um financiamento com um ‘spread’ de 2,5%, quando antes a instituição financeira publicitava ‘spreads’ a partir de 1% no crédito à habitação com essas características.

Fonte: Económico

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