Operadores nos mercados já começaram a ser questionados pelos reguladores europeus devido a eventual manipulação nos preços do petróleo.
Várias casas que operam nos mercados energéticos foram já alvo de pedidos de informação da parte das autoridades europeias, que desconfiam de uma manipulação dos preços do petróleo devido a dúvidas na fixação das cotações Platts, responsáveis por 40% do preço dos combustíveis em Portugal.
Glencore Xstrata, Gunvor e Vitol Group, que estão fora da mira das autoridades, juntamente com outras casas de ‘trading’ na Suíça, estão a ajudar a Comissão Europeia na investigação, adiantaram três fontes próximas do processo à Bloomberg.
Essas suspeitas motivaram nos últimos dias diligências nos escritórios de alguns dos maiores gigantes do sector, como a Shell, a BP e a Statoil, devido ao método de cálculo das cotações Platts.
Estas cotações têm uma enorme influência no mercado petrolífero e, por via indirecta, nas cotações de outras matérias-primas, afectando desse modo o preço final no consumidor em vários produtos. Um relatório da Autoridade da Concorrência do ano passado assume por exemplo que o Platts “representa cerca de 30% a 40% do preço final” do custo dos combustíveis em Portugal.
“O círculo está a tornar-se cada vez maior. Quanto mais informação eles
De acordo com dados da Total, citados pela agência Bloomberg, 80% de todos os negócios realizados no mercado petrolífero têm por base preços de referência com os Platts.
A Platts, actualmente detida pela McGraw Hill, grupo que controla a agência de ‘rating’ Standard & Poor’s, publica os preços de referência que são usados para determinar os custos que as refinarias pagam pelo petróleo e os distribuidores pagam pelos combustíveis. Os traders reportam essas transacções à Platts, que são usadas para estabelecer os preços.
Fonte: Económico
