Há muitos portugueses que continuam a preferir o dinheiro físico aos cartões, ou mesmo aos “smartphones”. Mas para terem as notas na mão, precisam de levantá-las nas caixas automáticas. Saiba quanto levantam e que notas saem dos ATM.

Todos os portugueses apontam o dinheiro em numerário como sendo o instrumento de pagamento mais utilizado. E, efectivamente, é este o método de pagamento mais utilizado, com 70% dos pagamentos a serem feitos com notas e moedas, de acordo com um inquérito do Banco de Portugal.

É dinheiro que levantam nas caixas automáticas, operações que estão em máximos desde 2010. De cada vez que utilizam o Multibanco levantam, em média, 65 euros, sendo que na maioria das vezes a máquina dá notas de 20 euros.

“Entre compras ocasionais e compras regulares, o consumidor português faz uma média de 52,3 pagamentos mensais, dos quais, 36,7 em numerário”, diz o regulador do sector financeiro português em resultado de um inquérito aos consumidores sobre os instrumentos de pagamento de retalho. “De um modo geral, as pessoas dispõem, em média, de pouco mais de 30 euros na carteira”, utilizando-o para fazerem os pagamentos no seu dia-a-dia. Dinheiro que levantam, em regra, no Multibanco.

O valor que têm na carteira é, contudo, menos de metade do valor que, em regra, levantam nas 13.919 máquinas existentes no país (apesar da quebra do número de Multibanco, Portugal continua a ter o rácio per capita mais elevado da Zona Euro: 1,36 ATM por cada mil habitantes). Cada levantamento ronda os 65,10 euros, segundo o Banco de Portugal e a SIBS. É o valor mais elevado desde, pelo menos, 2009, sendo que na maior parte das vezes recebem notas azuis, as de 20 euros.

Mais euros a cada “visita”

65,10 euros. É este o montante médio que cada português levanta no Multibanco de cada vez que o utiliza. Houve um aumento de 1,88% face ao valor médio retirado das caixas automáticas em 2014, sendo que o valor médio do ano passado representa o mais elevado desde, pelo menos, 2009, segundo dados do Banco de Portugal e da SIBS. Em 2013, o valor retirado do Multibanco atingiu o mínimo de 63,50 euros.

Notas azuis cada vez mais no “top”

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20 euros. Mais de metade das notas levantadas nas caixas automáticas são azuis. As notas de 20 euros dominam, representando 53,7% do total das que saem dos Multibanco, seguidas das de 10 euros. Em conjunto, “representaram, em 2015, cerca de 95,5% do total de notas levantadas”, diz o Banco de Portugal. “Estas denominações têm conseguido cada vez mais relevância na estrutura de levantamentos, ao contrário da nota de cinco euros que, desde 2009, perdeu relevância nos levantamentos (-5,5 pontos percentuais). A presença da nota de 50 euros tem sido pouco significativa”.

Quase duas centenas de notas levantadas

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175 notas. “Em média, cada indivíduo levantou cerca de 175 notas em ATM em 2015, o que corresponde a aproximadamente 15 notas por mês”, refere o Banco de Portugal, citando dados da SIBS. Destas 175, em média 94 são de 20 euros, sendo que a de 50 quase não aparece. “Desde 2011, é apenas levantada uma nota de 50 euros per capita por ano”, remata o regulador.

Saem cada vez mais notas do Multibanco

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1.800. É preciso recuar alguns anos para encontrar um número mais elevado de levantamentos no Multibanco, em Portugal. “Os portugueses já não levantavam tantas notas nos ATM desde 2010”, refere o Banco de Portugal. “A quantidade de notas levantadas nos ATM diminuiu 1,7 por cento em 2011 e 1,6 por cento em 2012, em resultado do contexto de austeridade. Porém, desde 2013, os levantamentos em ATM têm aumentado, atingindo em 2015 o volume mais elevado dos últimos anos, com 1.800,1 milhões de notas levantadas em ATM”, conclui.

Menos ATM, mas mais que na Europa

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1,36. “No final de 2015, existiam 13.919 ATM em Portugal, menos 125 (-0,9%) do que no final de 2009. Neste período, o parque de máquinas atingiu o número mais baixo em 2015 e o seu pico em 2010, com 14.703 ATM”, refere o Banco de Portugal. Ainda assim, Portugal ocupa o primeiro lugar, nos países da área do euro, no que respeita ao número de ATM por mil habitantes. “No final de 2014, existiam 1,36 ATM por mil habitantes, quantidade significativamente superior à média dos países da área do euro (0,67)”, remata.

Fonte: Negócios

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