INE confirmou hoje que a economia portuguesa registou uma contracção de 3,2% em 2012, o que representa a recessão mais profunda desde o 25 de Abril. A desaceleração nas exportações e a quebra mais acentuada no consumo justificam o desempenho mais negativo da economia portuguesa.

O Instituto Nacional de Estatística confirmou esta segunda-feira as estimativas para o desempenho da economia portuguesa em 2012 e no quarto trimestre. A primeira leitura, divulgada em Fevereiro, apontava para uma queda de 3,8% no quarto trimestre do ano passado e uma contracção de 3,2% no conjunto do ano, variações que foram hoje confirmadas.

Com a divulgação do relatório de hoje, o INE detalha quais as componentes que mais penalizaram a economia portuguesa no ano passado.

“A redução mais acentuada do PIB [em 2012] reflectiu a diminuição do contributo positivo da procura externa líquida, que passou de 4,7 pontos percentuais (p.p) em 2011 para 3,9 p.p., em resultado da desaceleração das Exportações de Bens e Serviços, e o contributo negativo mais significativo da procura interna, traduzindo a redução mais intensa do consumo privado”, refere o INE.

A variação anual representa o pior resultado da série longa do INE que remonta a 1996, e o segundo pior da história quando considerada a série longa do Banco de Portugal, surgindo um resultado mais negativo apenas no ano de 1975, quando a recessão atingiu os 5,1%.

Em termos trimestrais, e comparando com o período homólogo, a contracção do PIB no quarto trimestre do ano passado acaba por ser a segunda pior da história, superada apenas pelos 4,1% verificados no primeiro trimestre de 2009.

Fonte: Negócios

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