A economia chinesa melhorou na recta final de 2012 e cresceu 7,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre do ano, anunciou nesta sexta-feira o gabinete de estatísticas nacional chinês.

O resultado coloca o crescimento de 2012 nos 7,8%, o pior resultado desde 1999. Mas os sinais positivos do quarto trimestre na produção industrial e no impulso renovado de investimento parecem mostrar que 2013 pode ser um ano de retoma do ritmo de crescimento chinês.

Parte da recuperação económica que a China registou no último trimestre de 2012 deve-se ao aumento de investimento por parte do Governo como resposta às crescentes preocupações sobre a falta de crescimento económico, escreve o Financial Times. O crescimento trimestral do PIB nunca afundou mais do que o objectivo do Governo, mas os resultados do terceiro trimestre representaram o produto de sete trimestres consecutivos com o crescimento em queda.

A par do investimento governamental, as taxas de juro sofreram um corte também a meio do ano, o que contribuiu para um melhor clima económico sobre o investimento em propriedade imobiliária. A produção industrial cresceu também 10,2% no quarto trimestre.

Também as vendas no comércio a retalho aumentaram significativamente em Dezembro. De acordo com a Bloomberg, que cita os dados do gabinete de estatísticas, as vendas neste sector dispararam 15,2% no último mês.

O crescimento chinês de 2012 ultrapassou a meta de 7,5% do PIB estabelecido em Março pelo Governo chinês. Este marco continua a servir como meta para o crescimento de 2013, apesar dos bons sinais que o último trimestre trouxe para a economia chinesa. As previsões do Banco Mundial foram também batidas pelo desempenho chinês. O crescimento de 7,8% do PIB em 2012 ultrapassou as perspectivas revistas de 7,7% lançadas pelo Banco Mundial.

À Bloomberg, o economista chinês Yao Wei afirmou que os números do final de 2012 “confirmam que a China está disfrutar de uma recuperação cíclica”.

A economia chinesa tem vindo a sofrer, sobretudo, de quebras nas exportações para a Europa e da desaceleração do seu sector industrial. As melhorias da recta final de 2012 focaram-se principalmente no mercado interno e não alteraram a redução nas exportações.

No total de 2012, as exportações cresceram 7,9% comparadas com 2011, um resultado muito inferior aos 20,3% que foram registados em 2011 em comparação com o ano anterior.

Fonte: Público

Comentários

comentários