O PIB português irá crescer 1,5% este ano e 1,8% em 2016, de acordo com as estimativas dos economistas inquiridos pela Bloomberg, que melhoraram as suas previsões em duas décimas. Para o desemprego as estimativas pioraram.

Os economistas dos bancos de investimento que acompanham a evolução da economia portuguesa estão mais optimistas com a evolução do produto interno bruto (PIB) este ano e em 2016, embora apontem para uma descida mais lenta do desemprego.

A média das estimativas de 22 economistas consultados pela Bloomberg, entre 6 e 13 de Março, aponta para que o PIB de Portugal cresça 1,5% este ano e 1,8% em 2016. O que traduz uma melhoria de duas décimas face às estimativas do inquérito anterior, que tem uma periodicidade trimestral. Em 2017 a taxa de crescimento do PIB deverá abrandar para 1,6%.

A nova estimativa para este ano está alinhada com as previsões oficiais da maioria dos organismos para o PIB de Portugal, com o Governo, FMI e Comissão Europeia a apontarem para um crescimento de 1,5% no PIB português este ano.

A confirmarem-se estas previsões, será o crescimento mais forte da economia portuguesa desde 2010 e o segundo ano seguido de variação positiva, depois de três anos de recessão.

Quanto à evolução trimestral do PIB, as previsões dos economistas também forem revistas em alta. As novas estimativas apontam para um crescimento homólogo de 1,4% no PIB do primeiro trimestre, 1,6% no segundo trimestre e 1,9% nos dois trimestres seguintes. Na variação em cadeia, o PIB deverá crescer 0,4% nos primeiros três meses do ano e 0,5% nos três trimestres seguintes.

Taxa de desemprego acima dos 13%

Se as previsões para o PIB foram melhoradas, as estimativas para o desemprego são agora menos optimistas. A taxa deverá descer para 13,4% em 2015 e para 13,1% em 2016, quando no inquérito anterior os economistas apontavam para uma taxa abaixo de 13%.

Só em 2017, de acordo com os mesmos economistas, a taxa de desemprego em Portugal ficará abaixo dos 13%. A estimativa aponta para uma taxa de 11,9%.

Quanto aos outros indicadores, os economistas consultados pela Bloomberg apontam para uma taxa de inflação de 0% este ano e 0,9% em 2016. A balança corrente deverá gerar um excedente de 1% este ano, 1,2% em 2016 e 2,1% em 2017.

Por fim, os economistas estimam que Portugal vai fechar este ano com um défice de 3% do PIB, abaixo da anterior estimativa de 3,3%, mas acima dos 2,4% inscritos no Orçamento do Estado. Em 2016 o défice deverá descer para 2,4% e em 2017 para 1,8%.

Fonte: Negócios

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