Ordenados e impostos de Janeiro não foram pagos. Alvará e caução à Refer têm de o ser até ao final da semana.

A Opway é a última construtora portuguesa a enfrentar graves problemas financeiros, constituindo mais um marco numa já longa série de empresas que, desde 2011, entraram em processo de falência, fecharam as portas ou tiveram uma alteração radical da estrutura accionista.

Segundo a carta enviada na passada sexta-feira por Caetano Beirão da Veiga aos quatro grupos interessados na compra da Opway, a que o Diário Económico teve acesso, foi nesse próprio dia que o GES foi informado que a construtora tinha dado entrada de um PER – Processo Especial de Revitalização no Tribunal do Comércio.

“Este PER resulta da contínua pressão económica e financeira sobre a empresa e de problemas de liquidez de tesouraria, a qual se agravou no presente mês de Janeiro”, alerta a referida carta. Caetano Beirão da Veiga, presidente das ‘holdings’ do GES, revela nessa missiva que a Opway não pagou os salários e os impostos relativos ao mês de Janeiro e que tem de obter liquidez até ao final desta semana para renovar o alvará de construtora, sem o qual deixa de poder continuar a exercer actividade. A construtora também já não tem dinheiro para pagar o depósito de caução na Refer, a fim de manter em curso a obra adjudicada de electrificação do troço de ferrovia entre o terminal logístico de Cacia e o porto de Aveiro, isto já depois de não ter conseguido apresentar uma garantia bancária para o efeito.

“Em termos quantitativos, isto representa necessidades de cerca de 700 mil

[euros], já vencidos e/ou de curto prazo (durante os próximos 15 dias)”, conclui Caetano Beirão da Veiga na mencionada carta.

 

Fonte: Económico

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