Nível de satisfação global nas empresas caíu em 2014, mas expectativas sobem este ano.

O aumento das recompensas – como salários, bónus e benefícios – é destacado pelos colaboradores como a principal iniciativa que esperam ver concretizada nas suas empresas no próximo ano. Uma expectativa a que juntam outras, como uma maior aposta no desenvolvimento pessoal (com mais formação), no desenvolvimento do negócio (com mais inovação de produtos e serviços) e na gestão de talentos (com melhores avaliações de desempenho e mais possibilidades de promoção profissional).

Estas são apenas algumas das conclusões do inquérito feito a mais de 28 mil colaboradores avaliadas no âmbito dos prémios “Excelência no Trabalho 2014”, conduzido pela Heidrick & Struggles e pelo INDEG-ISCTE – uma iniciativa que conta ainda com a parceria do Diário Económico e que este ano contou com a candidatura de 200 empresas de 11 sectores de actividade.

O estudo deixa várias pistas sobre os níveis de satisfação das equipas, depois de medidos indicadores como as práticas de liderança, as condições de trabalho, a gestão de talentos, a orientação estratégica ou a confiança na própria organização. Globalmente, ainda que de forma muito ligeira, o índice de satisfação dos colaboradores baixou face ao ano anterior. Uma retracção que a crise económica e os processos de reestruturação ajudam a explicar.

Ainda assim, a avaliação da gestão de topo, marcou pontos positivos, em especial nas maiores empresas. Os sectores também se distinguiram na avaliação da excelência. De acordo com o mesmo estudo, a banca e seguros, consultoria, indústria e energia, tecnologia, media e telecomunicações e o sector público foram as áreas que registaram algumas melhorias no nível global de satisfação face ao ano anterior. Já outros sectores, como o da construção, grande consumo e retalho, turismo e imobiliário, saúde e farmacêuticas e serviços registaram uma ligeira quebra.

Um dos desafios deste inquérito, como reforçou António Caetano, responsável pela área de ‘research’ do INDEG-ISCTE Business School, passa agora por levar as empresas e os seus líderes a avaliaram as suas conclusões. Mais: a avaliarem o impacto que podem ter na melhoria do clima organizacional e na gestão do capital humano. Até porque o estudo parte do ‘feedback’ que os colaboradores deixam sobre a sua organização – e o que esperam dela.

 

Fonte: Económico

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