Quando se mede o crescimento de um país pelo das suas gentes, Espanha leva uma enorme vantagem face a Portugal. A imigração explica quase tudo.

A população residente em Espanha aumentou na última década ao ritmo mais célere desde 1900 – 12,9% -, enquanto em Portugal cresceu apenas 1,9%. A dinâmica demográfica nos dois países só foi mais díspar ao longo da década de 60, durante a qual a população portuguesa encolheu (-2,5% face à década anterior), ao passo que em Espanha aumentou 11%, revelam dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Contas feitas, na Península Ibérica vivem actualmente cerca de 57,4 milhões de habitantes  – 46,8 milhões no país vizinho, o que compara com 10,5 milhões deste lado da fronteira – numa proporção de 4 residentes em Espanha para 1 em Portugal,

Em vinte anos, o número de filhos por mulher, em Portugal, decresceu de 1,56 (1990) para 1,36 (2010). Espanha registou baixas taxas de fecundidade muito mais cedo, embora tenha mantido uma relativa estabilidade ao longo das duas décadas: 1,36 e 1,38 filhos por mulher, em 1990 e em 2010.

Em ambos os países, o crescimento da população ficou, assim, a dever-se fundamentalmente à imigração, fenómeno particularmente expressivo em Espanha, onde 4,2% do emprego é assegurado por cidadãos de outros países da União Europeia e 8,9% por indivíduos oriundos de outros quadrantes do mundo. Em Portugal, essas proporções são muito menores: 0,6% e 2,6%, respectivamente.

Fonte: Negócios

Comentários

comentários