Portugal vendeu ao mundo em 2012 mais 5,8% do que no ano anterior: 45,3 mil milhões de euros, o que equivale a quase 30% do PIB. Praticamente metade foi para os clientes tradicionais – Espanha, Alemanha e França – mas os mercados que, de facto, cresceram foram EUA, Angola e, sobretudo, China.

As exportações portuguesas para a China quase duplicaram ao longo de 2012. Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a evolução do comércio internacional no conjunto do ano passado, as vendas de bens aumentaram 96,2% em relação a 2011, “essencialmente como reflexo dos acréscimos registados nos veículos e outro material de transporte”.

A contribuir para esta dinâmica esteve a Autoeuropa – um dos maiores exportadores nacionais – que vende já mais de um quarto da sua produção para o mercado asiático, tendo as vendas para o continente aumentado 36% ao longo do ano passado.

Em valor absoluto, as vendas para a China permaneceram, porém, aquém da fasquia de mil milhões, em 778,6 milhões de euros. Mas a segunda maior economia do mundo saltou quatro posições num ano, ao passar de 14º a 10º maior cliente, absorvendo 1,7% do total de bens “made in Portugal” vendidos no mundo.

Angola também reforçou a sua posição como 4º maior cliente. Comprou no ano passado quase três mil milhões de euros, mais 28,6% do que em 2011, e é agora destino de 6,6% dos bens portugueses vendidos lá fora. Refere o INE que para este aumento “contribuíram mais significativamente as exportações de máquinas e aparelhos e de metais comuns, mas o acréscimo foi generalizado a quase todos os grupos de produtos”.

O terceiro maior crescimento observou-se nas vendas para os Estados Unidos, que aumentaram 24,7% em 2012, devido sobretudo a “combustíveis minerais”. Sublinha o INE que os EUA passaram a 7º maior cliente e já compram uma fatia das exportações de bens  nacionais ( 4,1%) superior à absorvida por Itália.

Não obstante o crescimento em novas geografias, o essencial das exportações nacionais continua a destinar-se aos países da União Europeia que absorveram, no ano passado, 71% do seu total – em 2008, absorviam 78%.

Espanha (10 mil milhões de euros) e Alemanha (5,5 mil milhões) compraram menos 4,5% e 4,1%, respectivamente, do que no ano anterior, mas mantiveram as suas posições cimeiras na lista dos principais clientes de Portugall, com grande vantagem para a economia vizinha, destino de 22,5% das vendas nacionais ao mundo. Já as exportações para França subiram 2,8% para 5,4 mil milhões de euros. Juntos, estes três países compraram quase metade (46,6%) do novo recorde de 45,3 mil milhões de euros, equivalente a quase 30% do PIB, que Portugal vendeu no mundo em 2012.

O INE revelou hoje que as exportações em Janeiro subiram 5,6%, recuperando da queda sofrida em Dezembro.

Fonte: Económico

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