Está encerrada a emissão de dívida a 10 anos pela Irlanda, segundo a Bloomberg. A procura total superou os 12 mil milhões de euros, o que permitiu ao Tesouro baixar os custos para cerca de 4,15% e emitir cinco mil milhões de euros, o dobro do previsto.

O Tesouro irlandês atraiu ofertas superiores a 12 mil milhões de euros durante as quatro horas em que os livros de ordens estiveram abertos. A elevada procura levou a Irlanda a emitir cinco mil milhões de euros, muito acima dos dois a três mil milhões inicialmente previstos.

A procura permitiu também pagar juros mais baixos do que o previsto, numa operação que consistiu na inauguração de uma nova linha a 10 anos, através de um sindicato bancário.

O custo inicialmente pensado era de 250 pontos-base acima das taxas de mercado (“midswaps”), que estão em 1,736%. A procura levaria a que o Tesouro irlandês baixasse a remuneração para 245 pontos-base acima das “midswaps” e depois para 240 pontos-base, onde ficou definitivamente, segundo as agências.

A Irlanda suporta, assim, uma taxa implícita de cerca de 4,15% para emitir dívida a 10 anos pela primeira vez desde 2010, um custo inferior ao pago por Espanha e Itália para emitir dívida na mesma maturidade.

A operação, que foi gerida pelo Barclays, Danske Bank, Davy, Goldman Sachs, HSBC e Nomura, poderá colocar o país mais próximo no restabelecimento de “acesso ao mercado”, um critério essencial para a possível intervenção do BCE através da compra de dívida, o que contribuiria para normalizar ainda mais os prémios de risco cobrados a Irlanda.

Fonte: Negócios

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