Portugal regressou hoje a mercado primário para levantar 1.250 milhões de euros em obrigações a 10 anos.

A colocação foi realizada a uma taxa de juro média de 2,5062%, um nível inferior ao praticado actualmente em mercado secundário, com a procura a superar em 1,88 vezes a oferta.

Face às três operações anteriores realizadas com este prazo – em Abril, Junho e Novembro do ano passado -, a emissão de hoje foi a que registou o custo mais baixo, o montante colocado mais elevado e, ao mesmo tempo, a procura mais fraca.

No último leilão, concretizado a 12 de Novembro, o mercado tinha exigido ao Tesouro português uma taxa de 3,1608%.

Os resultados confirmaram a expectativa dos analistas de que a incerteza em torno da Grécia não afectaria a emissão de Portugal, que formalizou ontem a intenção de antecipar o reembolso de cerca de metade dos empréstimos contraídos junto do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Atenas, contudo, sentiu na pele o nervosismo que paira no mercado quanto ao seu futuro na moeda única, assunto que será discutido esta quarta-feira em Eurogrupo extraordinário.

O Tesouro helénico emitiu 1,137 milhões de euros em bilhetes a três meses a troco de uma taxa de juro de 2,5%. Há apenas um mês pagara 2,15%. Valores que significam que Atenas pagou por dívida de curto prazo o mesmo que Portugal por fundos a 10 anos.

 

Fonte: Económico

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