A empresa aposta em crescimentos que rondem os 2% ao ano, enquanto a economia não recuperar os níveis de outrora. Para 2013, o objectivo é atingir os mesmo números de 2011.

Em 2013, a Iglo quer ganhar o que perdeu em vendas no ano passado. Em entrevista ao programa Grandes Negócios do ETV, o director-geral da empresa em Portugal, Rui Braga, revelou que “o plano interno é manter o nível de negócios atingido em 2012, mas a nossa ambição é crescer 2%”. Os mesmos 2% que perderam no ano que passou, altura em que facturaram 29,5 milhões de euros. “Temos um plano oficial em que se entregarmos o mesmo, cumprimos o ano. Mas queremos crescer”, explica, e, desta forma, chegar ao mesmo valor de 2011: 30 milhões de euros.

Em 2012, ano do aumento do IVA, e “um ano que não foi fácil”, nas palavras de Rui Braga, houve um decréscimo face a 2011 de 2% e também “alguma degradação da margem, pela necessidade que tivemos em aumentar a nossa actividade promocional, para mantermos a relevância com os consumidores”, uma relevância que se traduziu no aumento da quota de mercado.

Quanto ao aumento do IVA, acabou por não ter grande impacto nas vendas, mas o director-geral da Iglo Portugal reconhece que “é um obstáculo” sobretudo ao nível do “desenvolvimento de tendências”.

Desafios

Apesar da crise, crescer continua a ser a palavra de ordem para a Iglo. “Independentemente das dificuldades a nível económico, queremos continuar a crescer ano após ano”, afirma Rui Braga, reconhecendo, porém, que as taxas de crescimento vão ser “mais moderadas” enquanto a crise por aqui andar.

Sobre as tendências de consumo, a conveniência é certamente uma das principais para a Iglo. O mesmo responsável explica que esta tendência vai crescer porque, apesar da crise, “cada vez mais as pessoas procuram soluções que lhes facilitem a vida”. Também a procura por soluções saudáveis e equilibradas está nos objectivos da empresa para os próximos anos.

Em Portugal desde 1974, a Iglo é hoje uma marca líder e que merece a confiança dos consumidores. Os produtos estrela são as ervilhas e claro, os famosos douradinhos do Capitão Iglo. Rui Braga conta que “as crianças que nos anos 80 comiam douradinhos, são os adultos que hoje dão os mesmos douradinhos aos seus filhos”. Sinal da confiança, que os portugueses têm na marca, refere o responsável, ressalvando a “alta qualidade” dos produtos e claro está, a aposta que a marca também faz em publicidade. “Todo o trabalho de marketing foi essencial ao longo destes anos todos para termos marcas fortes”, confidencia o director-geral da Iglo.

Em 2006, a Iglo deixou o universo Unilever e hoje em dia está integrada no grupo Birds Eye Iglo. Com a mudança chegou também a aposta na consolidação desta indústria a nível europeu, o que trouxe uma “maior focalização” e dinamismo à Iglo.

A empresa em Portugal é composta por “uma equipa bastante pequena de 24 pessoas”, o que “não quer dizer que no futuro nãos sejam mais”.

Fonte: Económico

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