“O projecto de Loulé está a avançar e vai continuar”. A convicção é da fonte oficial da IKEA Portugal, Ana Teresa Fernandes, face a nova contestação dos comerciantes algarvios ao projecto de construção do ‘retail park’ da marca sueca naquela cidade do Algarve.

No início da semana a IKEA arrancou com os trabalhos de limpeza dos terrenos junto ao nó Loulé/Faro da Via do Infante que vão receber este projecto, o que reacendeu a contestação da Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) que, em comunicado, reafirma a existência de irregularidades e riscos para o ambiente e economia da região do Algarve. Face às críticas que o projecto de Loulé vai trazer desemprego na região envolvente, Ana Teresa Fernandes garante que a experiência de outras lojas em Portugal e a nível mundial levam a concluir que o IKEA “impulsiona o crescimento das regiões que estão à volta”. De acordo com a mesma fonte “o desenvolvimento do comércio à volta de uma loja IKEA atinge cerca de 20%”, o que contraria o argumento da ACRAL que o projecto de Loulé irá trazer desemprego. Sem assumir com uma data de abertura – o ‘retail park’ estava previsto abrir ainda em 2014, mas foi adiado até ao final de 2015 – Ana Teresa Fernandes revelou que “o lançamento da primeira pedra está para breve e será seguramente ao longo do primeiro trimestre”.

A fonte oficial do IKEA Portugal reafirma que o projecto já conta com ‘luz verde’ para avançar, pelo que “os processos paralelos estão a correr nas instituições competentes”. A ACRAL refere no mesmo comunicado que enviou um memorando a 80 entidades públicas, entre as quais o Presidente da República, em que alerta para “os riscos de avanço deste projecto nos moldes previstos” em termos ambientais e da estabilidade económica regional. A ACRAL não tem dúvidas que “o que o grupo Ikea pretende instalar no Algarve é um projecto comercial sem paralelo na experiência deste grupo em Portugal e sem paralelo na região, razões que aumentam a responsabilidade de quem nesta matéria tem de decidir sobre a sua efectiva implementação”.

 

Fonte: Económico

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