Insolvências obrigaram o grupo a registar imparidades com clientes de 19,6 milhões de euros no último trimestre do ano passado. Total dos impactos não recorrentes ultrapassou os 35 milhões em 2012.

A Soares da Costa registou em 2012 um prejuízo de 47 milhões de euros, devido essencialmente a impactos não recorrentes de 35 milhões de euros.

De acordo com a apresentação dos resultados anuais do grupo, só as imparidades com clientes, devidas a situações de insolvência, somaram 19,6 milhões de euros.

Também no último trimestre de 2012 a Soares da Costa teve ainda de registar 1,5 milhões de imparidades de activos imobiliários, 5,8 milhões de imparidades de activos da área das concessões (parques de estacionamento sob a sua gestão) e oito milhões de outras imparidades.

A influenciar negativamente o resultado líquido do grupo em 2012 estiveram ainda custos de 10,8 milhões de euros com as rescisões por mútuo acordo levadas a cabo e 8,7 milhões relativos a processos de índole fiscal. Positivamente o grupo registou 7,1 milhões de mais valia com a alienação na Costa Rica e 11,8 milhões de efeito fiscal.

Sem estes impactos não recorrentes o grupo teria registado um prejuízo da ordem dos 11 milhões de euros, devidos essencialmente ao agravamento dos encargos financeiros. De acordo com o grupo, os resultados financeiros passaram de 51,8 para 69 milhões de euros negativos, o que significa um agravamento de 33,3% face a 2011.

A dívida líquida do grupo aumentou 18,7%, de 863 para 1.024 milhões de euros.

A reprogramação de endividamento bancário que a Soares da Costa assinou em Novembro do ano com seis instituições financeiras não teve efeito nas contas de 2012, esperando o grupo que essa reestruturação tenha um impacto de 10 milhões de euros nos resultados em 2013.

De acordo com os resultados de 2012, o volume de negócios da Soares da Costa ascendeu a 802 milhões de euros, menos 8% do que no ano anterior.

O EBITDA recuou 24% de 94,1 para 71,9 milhões de euros, sendo que o EBITDA recorrente subiu 7,5% de 95,4 para 102,5 milhões.

Fonte: Negócios

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