França é o maior mercado dos móveis portugueses e ajudou em 2013 a aliviar as perdas com a redução sentida em Espanha.

Em 2013, França absorveu móveis made in Portugal no valor de 346 milhões de euros, seguida de Espanha (297 milhões de euros) e Angola (141 milhões de euros), mas o país exportou móveis para mais de 40 países com um volume de negócios superior a um milhão de euros

A indústria da madeira e do mobiliário espera fechar o ano com um valor recorde de 2,2 mil milhões de euros nas exportações, o que representa um crescimento de 10% comparativamente a 2013.

É um desempenho que reflete “o esforço exportador das empresas do sector” face “ao contexto de adversidade” vivido no mercado interno, sublinha Vítor Poças, presidente da AIMMP – Associação das Indústrias da Madeira e Mobiliário de Portugal.

A passar por “um período de ajustamento” durante o qual “a grande maioria das empresas que dependia apenas do mercado interno desapareceu nos últimos anos”, o sector tem reforçado a sua vocação exportadora, comenta o dirigente associativo, atento aos crescimentos de 8,5% nas exportações em 2013, e de 14% no ano anterior.

Na tipologia de produtos, o destaque na exportação de mobiliário de madeira vai para as salas de jantar e de estar, com uma quota de mercado de 50%, seguido do mobiliário de quarto (23%).

Empresas vendem em 40 países

Por mercados, o crescimento em França “ajudou a aliviar as elevadas perdas com a redução em Espanha”, mas Vítor Poças salienta, também, a tendência de diversificação, com o aumento das vendas para os PALOP e novos destinos como a Arábia Saudita, China, Índia ou Dubai.

Em 2013, um ano que o presidente da AIMMP diz ter sido “excecional para a indústria da madeira e mobiliário”, França absorveu móveis made in Portugal no valor de  346 milhões de euros, seguida de Espanha (297 milhões de euros) e Angola (141 milhões de euros), mas o país exportou móveis para mais de 40 países com um volume de negócios superior a um milhão de euros, diz o dirigente associativo.

Quanto aos principais desafios da fileira, Vítor Poças aponta a proteção e valorização da floresta a par da notoriedade internacional e consolidação da vocação exportadora do sector. Outro fator crítico é a competitividade, designadamente no que se refere à redução de custos de contexto, aumento da produtividade, melhoria do financiamento e necessidade de obter dimensão para ganhar economias de escala, sem esquecer a criação de valor acrescentado, do design à formação dos recursos humanos.
Fonte: Expresso

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