A ilha nórdica retirou o pedido de adesão à União Europeia, numa decisão comunicada esta quinta-feira a Bruxelas. O pedido de adesão foi feito em 2009 já em plena crise imobiliária no país, numa altura em que o euro era visto como uma bóia de salvação para o país. Depois surgiu a crise do euro e a recuperação económica islandesa.

A Islândia colocou esta quinta-feira um ponto final ao processo de adesão à União Europeia (UE). A decisão foi ontem comunicada a Bruxelas.

Apesar de alguns protestos realizados em frente ao parlamento depois de confirmada a decisão, o ministro dos Negócios Estrangeiros Gunnar Bragi Sveinsson anunciou que o governo conservador de que faz parte não pretende realizar um referendo sobre o assunto. A Euronews refere que actualmente a maioria dos islandeses já não sonha com a entrada na UE.

“O Governo considera que a Islândia já não é um país candidato à UE solicitando que [Bruxelas] aja de acordo com esta intenção daqui para a frente”, confirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros islandês num comunicado citado pela agência Bloomberg.

Já depois de rebentar a bolha imobiliária, a Islândia concretizou o pedido de adesão à UE em 2009, numa decisão tomada pelo então recém-eleito governo social-democrata. No entanto, já com uma economia em crescente recuperação e perante a crise que afectou a Zona Euro, o governo conservador eleito em 2013 decidiu agora interromper o processo de adesão à comunidade europeia.

Entre as exigências feitas pela Europa sobre as quais a Islândia apresentou mais reticências estava a aplicação de quotas sobre o sector da pesca, um dos mais importantes para o país. A Euronews recorda mesmo que os islandeses nunca viram com bons olhos a política de pescas da UE.

Fonte: Negócios

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