Portugal tem a segunda maior comitiva estrangeira na melhor feira de mobiliário do mundo, que arranca na terça-feira em Milão. Só a missão espanhola supera as 36 empresas nacionais.

Portugal ocupa a segunda posição, a par da Dinamarca, no ranking de expositores estrangeiros naquela que é considerada a mais importante feira mundial para profissionais de mobiliário. Em quantidade, a comitiva formada por 36 empresas nacionais – na edição do ano passado era apenas a quinta maior – é apenas superada pela representação espanhola.

A APIMA, a principal associação do sector, leva 20 empresas associadas no âmbito do programa de promoção internacional Interfurniture (o dobro das que tinham viajado no ano passado), que ocuparão mais de 1.300 metros quadrados de área de exposição através de um investimento directo superior a meio milhão de euros.

Em simultâneo com a principal feira de mobiliário, que dura cinco dias, decorrem outras duas dedicadas à iluminação (Euroluce) e ao mobiliário de escritório (o SaloneUfficio). Além de empresas de mobiliário, Portugal terá também representantes nas áreas complementares da colchoaria, iluminação e têxtil-lar.

O director executivo da APIMA, Hugo Vieira, considerou em comunicado que estes números demonstram “o crescente reconhecimento da qualidade do produto e dos serviços nacionais” e também evidenciam “a perseverança e resiliência” deste sector, que emprega mais de 30 mil pessoas.

Segundo os dados avançados a 12 de Março pelo Negócios, as exportações portuguesas de mobiliário e colchoaria cresceram pelo terceiro ano consecutivo e voltaram a bater um novo recorde em 2012, subindo 5% para 1.077 milhões de euros. Mesmo caindo 28%, as importações ascenderam ainda a 450 milhões de euros no ano passado.

O mobiliário português é vendido para 150 países, mas 70% do volume das exportações está concentrado em três países: França, Espanha e Angola. O aumento das exportações registado nos últimos três anos, contabilizou na altura Hugo Vieira, está longe, porém, de compensar as quebras registadas no mercado interno, que nos últimos dois anos terão retirado 205 milhões de euros (-14%) de facturação ao sector.

Fonte: Negócios

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