A proposta foi lançada pelo gabinete de produtividade da Microsoft e várias empresas aderiram: hoje trabalha-se fora do escritório. Porquê? Porque é o dia sem escritório, uma data em que o trabalho que faz não se mede pelo número de horas em que está sentado na secretária.

A iniciativa não é nova, mas chega hoje, pela primeira vez, a Portugal, e o Governo acredita mesmo que o dia 7 de março poderá marcar, no futuro, o Dia Nacional da Flexibilidade do Trabalho pelo que a iniciativa será para repetir nos próximos anos.

Nomes como Microsoft, Fundação Champalimaud ou Ministério da Agricultura aderiram a este marco, e no total são mais de 70 as empresas que prometeram dar para hoje alguma flexibilidade aos seus trabalhadores.

Para a divulgação foi criada uma página no facebook “Out of Office Day” onde, durante os últimos dias, várias empresas nacionais se foram juntando.Conheça-as aqui

Trabalhar fora do escritório é uma prática pouco vista em Portugal, mas que já tem enorme expressão e adesão a nível internacional. Algumas empresas nem precisam de dias especiais para deixar os seus trabalhadores gerirem os seus próprios horários. Muitas trocam as secretárias por objetivos e o escritório pelo local que o trabalhador mais gostar. Desde que as tarefas semanais estejam prontas atempadamente, a empresa deixa que o colaborador tenha alguma liberdade para gerir o seu trabalho. Acreditam que a produtividade não sai afectada e que a motivação aumenta.

Um estudo da Microsoft mostra que 68% dos trabalhadores portugueses são mais produtivos quando estão fora do ambiente formal de trabalho. O Executivo de Passos Coelho acredita nesta máxima, e informou na passada sexta-feira que tem em cima da mesa a possibilidade de dar benefícios às empresas que incentivarem estas práticas e o aproveitamento de espaços públicos para o teletrabalho, coworking e escritórios virtuais. Só falta que este regime se torne mais forte.

Lynda Gratton, que já foi considerada uma das 20 melhores pensadoras do mundo do trabalho, explicou ao Dinheiro Vivo que não é de estranhar que isso aconteça brevemente: “O nosso mundo está a mudar a um ritmo extraordinário, o que altera a forma como o trabalho é afectado. Existem forças de trabalho que ao longo das próximas décadas irão destruir para sempre muitas das antigas ideias que tínhamos acerca da carreira ou do trabalho. Pelo mundo fora, as hierarquias desatualizadas vão desaparecer e noções de um horário das 09h00 às 17h00 vão ser pressionadas ao desaparecimento”

Fonte: Dinheiro vivo

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