Os ganhos obtidos com as transmissões televisivas continuam a ter um grande peso nas contas da equipa inglesa. As receitas comerciais subiram no último trimestre de 2012. O que não impediu que o Manchester United apresentasse uma quebra de 62% do lucro.

Há mais patrocínios a chegar a Old Trafford. São, principalmente, negócios com países asiáticos, onde o Manchester United tem uma popularidade considerável. Foram, aliás, os patrocínios que deram o principal impulso para a subida das receitas comerciais do clube, que já têm um maior peso nas suas contas do que as receitas de bilheteira.

As receitas totais do clube inglês cresceram 8,7% para aos 110,1 milhões de libras (127,8 milhões de euros) nos últimos três meses do ano civil de 2012, que correspondem ao segundo trimestre fiscal do United. Nestas, as receitas comerciais avançaram 29% e totalizaram 35,6 milhões de libras (41,3 milhões de euros), de acordo com o comunicado publicado esta quinta-feira, 14 de Fevereiro, no site do Manchester.

Os patrocínios representam a principal fatia das receitas comerciais do United depois de terem disparado 48,6% para 20,8 milhões de libras. Ainda em Janeiro, a empresa chinesa de bebidas Hangzhou Wahaha assinou um contrato com o clube. O Manchester salienta, no documento, seis novos negócios neste segmento, que são, sobretudo, de empresas asiáticas. O clube goza de popularidade na região, já que até esteve em cima da mesa a possibilidade de vir a cotar nas bolsas de Singapura e Hong Kong.

As receitas comerciais ganharam peso nas receitas totais do clube pelo qual o português Cristiano Ronaldo já jogou e representam mais de 32,3% das receitas globais (acima dos 27,3% do segundo trimestre fiscal de 2011), superando as receitas de bilheteira (31,8%, abaixo dos 35,5% do período homólogo).

Num momento de austeridade orçamental na Europa, ao qual a Inglaterra não escapa, o montante obtido pelo Manchester nas receitas dos dias de jogos deslizou 2,8% em termos homólogos para 35 milhões de libras (40,6 milhões de euros), “devido sobretudo a menos uma partida da taça inglesa jogada em casa neste período”.

As receitas de transmissão televisiva da equipa inglesa subiram 4,8% no segundo trimestre fiscal, chegando aos 37,7 milhões de libras (43,7 milhões de euros) e continuam a ser a principal fonte de receitas do United.

No campo dos custos, o Manchester salienta que, no segundo trimestre fiscal, os custos com trabalhadores subiu 14,2% para 44,2 milhões de libras (51,3 milhões de euros), em termos homólogos, graças aos aumentos salariais e às novas contratações.

Lucro caiu com encargo fiscal

O lucro da empresa, cotada na bolsa de Nova Iorque desde Agosto do ano passado, caiu mais de 60% entre Outubro e Dezembro de 2012. O resultado recorrente da equipa inglesa ficou, nos últimos três meses de 2012, nos 16,2 milhões de libras (18,8 milhões de euros) o que representa uma quebra de 61,5% face ao mesmo período do ano passado, altura em que o lucro estava nos 42,1 milhões de libras (48,9 milhões de euros). O valor corresponde a 10 pence por acção.

“A descida deve-se, principalmente, ao crédito fiscal de 22,9 milhões de libras (26,6 milhões de euros) realizado no trimestre anterior, o que compara com um encargo fiscal de 12,2 milhões de libras no segundo trimestre deste ano”, explica a empresa cotada em bolsa.

“O Manchester United alcançou receitas e EBITDA ajustado recordes no segundo trimestre fiscal sustentado pela operação comercial”, declarou o vice-chairman executivo, Ed Woodward, no comunicado de imprensa. O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações ascendeu 11,8% para 44,9 milhões de libras.

O clube pelo qual Nani veste a camisola reentrou para a bolsa de Nova Iorque em Agosto do ano passado a 14 dólares e, depois de ter resvalado para os 12 dólares, segue agora perto dos 19 dólares. As acções estão hoje a somar 0,48% para negociarem nos 18,80 dólares.

Fonte: Negócios

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