Acordo grego e ‘compras’ do BCE levam juros implícitos das obrigações portuguesas a novos mínimos em vésperas de uma emissão a 10 anos.

O risco associado à dívida portuguesa toca esta segunda-feira em novos mínimos históricos, beneficiando do acordo que prevê uma extensão de quatro meses do programa grego e das perspectivas em torno do ‘quantitative easing’.

A taxa associada às obrigações nacionais a 10 anos em mercado secundário baixa 10,7 pontos base para 2,12%. Esteve já a cotar nos 2,118%, um novo mínimo histórico que será aproveitado esta quarta-feira pelo Tesouro português para levantar financiamento neste prazo.

O risco associado a Portugal no prazo a 10 esteve já abaixo da taxa norte-americana nessa maturidade – hoje nos 2,12% -, o que não acontecia desde 2007. O maior apetite por risco beneficia as ‘yields’ nacionais mas prejudica as obrigações dos EUA, um tradicional activo de refúgio.

Os analistas do Rabobank associam este comportamento da dívida portuguesa não só ao acordo grego mas também às perspectivas em torno do programa de aquisição de dívida soberana do Banco Central Europeu (BCE). O ‘quantitative easing’ vai começar a ser implementado em Março e Portugal é elegível.

Além de Portugal, os juros italianos, espanhóis e gregos também aliviam em todos os prazos.

 

Fonte: Económico

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