A unidade de Cacia, a segunda maior fábrica de automóvel a operar em Portugal, vai investir 10,6 milhões de euros em 2015.

Os responsáveis pela fábrica da Renault de Cacia estão a estudar possíveis projectos para desenvolver no espaço que estava destinado para a fábrica de baterias para carros eléctricos da Nissan e que se encontra vazio. Juan Melgosa, director da fábrica da Renault de Cacia adiantou ao Diário Económico à margem da visita aquela unidade industrial que “o edifício que iria albergar a fábrica de baterias pertence à Nissan” mas reconheceu que “temos vindo a estudar possíveis projectos para desenvolver naquele espaço”

Melgosa adianta que “para já não existe nada nem timings definidos mas podemos vir juntamente com a Nissan a desenvolver algum projecto em conjunto naquele edifício, a exemplo do que está a ser feito em outras regiões em que os dois fabricantes têm desenvolvido actividades juntos”.

Com 28 mil metros quadrados, quase três campos de futebol, o projecto que representaria um investimento de 156 milhões de euros e a criação de 200 postos de trabalho e cuja primeira pedra foi lançada pelo então primeiro-ministro José Sócrates, em Fevereiro de 2011, foi suspenso depois da Nissan ter chegado à conclusão que para atingir a meta de 1,5 milhões de carros eléctricos em 2016, seriam suficientes as quatro fábricas que já detinha.
A fábrica de Cacia da Renault, a segunda maior fábrica automóvel a operar em Portugal, que produz essencialmente caixas de velocidades e bombas de óleo, fechou o ano de 2014 com um volume de negócios de 262 milhões de euros, um decréscimo de 17 milhões quando comparado com o ano anterior.

Segundo Juan Pablo Melgosa, director da fábrica de Cacia, este decréscimo ficou a “dever-se ao facto de termos produzido menos caixas de velocidades e mais outras componentes”. O grupo, de resto, garante que o desempenho de Cacia em 2014 esteve ao melhor nível do grupo Renault pelo que vai reforçar os investimentos realizados em Portugal.

Para 2015, a Renault tem previsto investir 10,6 milhões de euros em Portugal, mais concretamente na fábrica de Cacia. Este investimento servirá para modernizar as áreas de produção. Juan Melgosa destacou ainda que “nos últimos quatro anos o grupo investiu aqui em Cacia 58 milhões de euros, tendo em 2014 investido 12,1 milhões de euros”.

A fábrica de Cacia exporta 100% do que produz para França, Espanha, Reino Unido, Roménia, Brasil, Chile, Marrocos, Irão e Rússia. A partir de Cacia são produzidas mais de meio milhão de caixas de velocidades, o que quer dizer que 20% do grupo Renault tem componentes produzidas a partir desta unidade.

Em termos globais a Renault Portugal fechou o ano com uma quota de mercado de 15,1%, sendo líder do mercado pelo 17º ano consecutivo.
Xavier Martinet, administrador delegado em Portugal, adiantou ao Diário Económico que “esta é uma quota que queremos manter para o ano de 2015, uma vez que aumentar a quota de mercado podia ter custos significativos”.

O administrador delegado do grupo salientou que “este é o melhor resultado do grupo Renault nos últimos 10 anos”. E recordou que: “o Clio foi o carro mais vendido do ano com 7.702 unidades, e o Megane está no top 5 dos mais vendidos”. Martinet adiantou ainda que “fruto do próprio mercado estar a crescer, as vendas em Portugal para a Renault cresceram perto de 40%”.

O grupo anunciou ainda que irá comercializar no final do primeiro quadrimestre do ano , o novo modelo Espace. Em termos de volume de facturação a Renault Portugal não quis adiantar o número final de 2014, limitando a dizer que “fechou 2013 com um volume de negócios de 800 milhões de euros”.

 

Fonte: Económico

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