Fed vê a economia norte-americana a crescer a um “ritmo moderado” e alerta para efeitos da política orçamental no crescimento.

A Reserva Federal (Fed) norte-americana decidiu nesta quarta-feira manter o actual pacote de estímulos económicos, com a injecção de 85 mil milhões de dólares (65 mil milhões de euros) por mês na economia, através do programa de compra de activos.

Ao fim de dois dias de reunião, o comité de política monetária fez saber que vai manter inalterada a sua política de injecção de liquidez, com a qual procura reanimar a actividade da maior economia mundial.

Os EUA continuam a crescer a um “ritmo moderado” – as despesas das famílias e o investimento das empresas melhoraram, assim como o sector imobiliário –, mas há o risco de as perspectivas económicas se deteriorarem, numa altura em que, diz a autoridade monetária, a política orçamental está a travar o crescimento.

Para manter a inflação estável e suportar a retoma, a Reserva Federal vai manter de pé o seu plano de injecção de dinheiro na economia, introduzindo um efeito de estímulo na economia, com o objectivo de baixar o nível de desemprego, uma das suas atribuições.

O programa de aquisição de activos por parte da Fed, liderada por Ben Bernanke, prevê a compra de títulos de dívida a um ritmo de 45 mil milhões de dólares por mês, aos quais se juntam 40 mil milhões de dólares (cerca de 29.500 milhões de euros) da compra de dívida relacionada com o crédito à habitação.

Apesar de considerar que as condições do mercado de trabalho melhoraram nos últimos meses, a Fed nota, em comunicado, que a taxa de desemprego continua num nível elevado (em Março atingia 7,6% da população activa – um valor que ainda está longe dos níveis desejados pela Fed para atingir o seu objectivo de redução do número de desempregados).

“O Comité espera que, com as políticas adequadas, o crescimento económico continue num ritmo moderado e a taxa de desemprego diminua gradualmente” para níveis que a Fed considera consistentes. Enquanto a taxa de desemprego estiver acima de 6,5%, as taxas de juro vão manter-se em níveis historicamente baixos (entre zero e 0,25%), uma garantia já dada pela Reserva Federal.

Fonte: Público

 

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