A China ultrapassou os Estados Unidos e tornou-se o país que mais petróleo importa, avança o Financial Times. Os norte-americanos eram os maiores importadores do “ouro negro” desde os anos 70, o que conduziu a uma política externa direcionada para estratégias geopolíticas viradas para países e regiões ricos em petróleo, como Arábia Saudita, Iraque, Venezuela, Nigéria e Mar Cáspio.

Tudo se deve à “revolução do xisto”, assim lhe chamam alguns media norte-americanos. Segundo um artigo do Wall Street Journal de novembro passado, o boom na produção de petróleo de xisto vai conduzir os EUA ao topo da pirâmide dos produtores de petróleo no mundo até 2020, ultrapassando a Arábia Saudita. “A mudança pode transformar profundamente não só as reservas de combustíveis fósseis do planeta, mas, também, o panorama geopolítico”, referiu o mesmo jornal, citando a Agência Internacional de Energia.

“Por volta de 2020, os EUA devem tornar-se o maior produtor de petróleo do mundo. (…) O resultado é a queda continuada das importações de petróleo dos EUA [que hoje somam 20% daquilo que o país consome] até ao ponto no qual a América do Norte se torna uma exportadora líquida de petróleo, por volta de 2030”, revelou um estudo desenvolvido em novembro pela International Energy Agency.

Esta troca na liderança dos importadores de petróleo está ainda por confirmar por parte do mercado de energia, que decidiu esperar  mais tempo e por mais informações porque é admitido que questões fiscais possam ter distorcido as estimativas de dezembro.

Em dezembro, os EUA fixaram a sua importação de petróleo nos 5,98 milhões barris por dia – o valor mais baixo desde fevereiro de 1992 -, enquanto a China registou 6,12 milhões de barris por dia. Em janeiro, os asiáticos assinaram uma subida para os 6,30 milhões de barris por dia.

Fonte: Dinheiro Vivo

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