Intra-empreendedorismo é a palavra do momento. Portugueses começam a perceber que integrando os colaboradores nas decisões têm mais sucesso.

A Câmara Americana do Comércio fez o primeiro estudo sobre intra-empreendedorismo em Portugal e concluiu que é uma estratégia vencedora. “Aumenta a motivação das pessoas, favorece o alcance de resultados positivos, concretos e mensuráveis na produtividade e inovação”, pode ler-se no estudo “O Intra-empreendedorismo é um factor diferenciador e essencial para o sucesso das empresas”.

Mas afinal o que é o intra-empreendedorismo? Refere-se ao empreendedorismo corporativo, uma abordagem empresarial que visa a solução de problemas dentro de uma empresa”, explica Dana Redford, responsável pelo estudo. Ou seja “a optimização das competências pessoais dos funcionários, sem comprometer as metas de produtividade formais, estabelecidas com hierarquia”, continua a análise a 12 grandes empresas nacionais e internacionais inseridas no mercado de trabalho português.

A Câmara Americana de Comércio defende que a boa utilização dos recursos internos substitui a contratação de consultores externos, na medida em que capacita os recursos humanos da empresa a envolverem-se na estratégia definida pela gestão de topo, reduzindo assim os custos e incentivando a motivação e a inovação.

No fundo, este estudo vem dizer que as empresas serão sempre mais bem sucedidas se tiverem uma cultura de disponibilização de recursos que fomentem novas ideias;incentivos internos à experimentação de novos produtos e serviços; incentivos à tomada de riscos calculados e tolerância aos erros;se adoptarem estratégias de eliminação das “quintas” formadas dentro da própria organização; e apoiarem a formação de equipas de projecto autónomas.

Uma das razões que justificam o desenvolvimento do intra-empreendedorismo numa empresa é fazer crescer e diversificar o negócio, mas não só: satisfazer e reter os colaboradores mais motivados, explorar os recursos subutilizados e eliminar as actividades que não são essenciais. E “apenas algumas entidades estão a tirar partido do intra-empreendedorismo na gestão dos seus colaboradores”, conclui Dana Redford.

AIG, AON, Cisco System, EDP, EGEAC, Galp Energia, Hovione HP IBM, Instituto Marquês de Flor, Mckinsey&Co e Millennium BCP parecem estar no bom caminho, já que foram as empresas seleccionadas pela Câmara Americana do Comércio para integrarem o estudo e passaram com distinção.

Mas, atenção: o intra-empreendedorismo não se aplica às PME. Dana Redford define o intra-empreendedorismo como “o exercício da oportunidade dentro dos recursos que actualmente controlamos”. E, “normalmente, os recursos estão incorporados nas grandes organizações.”

 Fonte: Diário Económico

Comentários

comentários