Em 2013, os portugueses apresentaram ao ISP mais de quatro mil reclamações relacionadas com seguros automóvel.

No ano passado, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ISP) recebeu 9.953 reclamações relacionadas com o sector segurador. Este número tornado público esta quarta-feira no Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado do ISP representa um acréscimo de 4% face ao total de 9.590 queixas examinadas em 2012.

Segundo o documento publicado pela entidade liderada por José Almaça, o ramo automóvel continua a ser o principal alvo de queixas por parte dos consumidores nacionais. Apesar do número de reclamações deste âmbito até ter sofrido uma diminuição de 18,9% face ao verificado no ano anterior, representou mais de metade do bolo global de queixas. No total, o ramo automóvel foi alvo de 4.081 reclamações em 2013, o que equivale a 50,6% da totalidade de situações analisadas pelo ISP. Já os seguros de incêndio e outros danos foram a segunda matéria mais reclamada, com um total de 1.556 queixas.

O relatório do ISP revelou ainda que a maioria das reclamações (57%) não foram feitas inicialmente ao operador, mas foram sim apresentadas directamente ao regulador. Já o livro de reclamações dos operadores foi o meio escolhido para a exposição de 23% das queixas.

O Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado revela ainda que foram levadas a cabo 983 acções de supervisão por parte do ISP. Desse total, 996 foram realizadas à distância (“off site”) e 123 no local (“on site”). Na análise aos anúncios e publicidades, foram detectadas 91 acções irregulares detectadas em 20 anúncios, o que representa uma média de 4,5 situações irregulares em cada anúncio.

No período em análise, o ISP instaurou 64 autos de contraordenação, ligeiramente abaixo dos 69 verificados em 2012. Verificou-se que os processos sobre acidentes de trabalho continuam a predominar com 27 situações, número igual aos autos relativos à actividade de mediação de seguros.

 

Fonte: Económico

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