Um dos maiores desafios do sector passa pelos elevados custos da energia.

A Sugalidal, 100% detida por capitais nacionais, é uma das maiores empresas agro-industriais do País, com um volume de negócios superior a 100 milhões de euros e exportações na casa dos 90%, nomeadamente para Europa e Ásia.

Trata-se de um caso de sucesso empresarial e é uma das maiores produtoras de tomate a nível europeu que compete em mercados exigentes como o inglês, holandês, alemão, nipónico, espanhol, russo, francês entre muitos outros.

O grupo comercializa a marca Guloso e fornece todas as grandes empresas produtoras de molhos à base de tomate, de sumos e também empresas produtoras de pizzas frescas ou congeladas, como a Heinz, Dr. Oetker e Panzani.

Mas todas estas conquistas não foram fáceis de alcançar, como reconhece António Jorge, presidente da ‘holding ‘Sogepoc, que detém a Sugalidal. Sobre a estratégia da empresa para os próximos anos, o gestor coloca o acento tónico na qualidade dos produtos que comercializa pois o “nosso mercado caracteriza-se pela globalização, onde a concorrência é cada vez mais feroz”, justifica ao Diário Económico.

A aposta da empresa passa pela diferenciação, que considera ser fundamental, mas o empresário reconhece que “por vezes não é suficiente”. E explica que os consumidores procuram hoje conjugar qualidade com preços mais baixos.

“Temos de lutar com o facto de termos factores de produção muito importantes que são incomparavelmente mais caros no nosso país.” O gestor não hesita colocar à cabeça os custos energéticos: “O factor energético teve o maior impacto negativo no nosso aumento de custos da empresa.” O empresário considera que os custos do trabalho não são, neste momento, um problema para a competitividade das empresas. “É fundamental apostar na competitividade das nossas matérias-primas e das indústrias que as utilizam. Num mercado global só subsiste quem aposta na eficiência e na competitividade”, enfatiza.

Quanto à actual crise económica e financeira e as possíveis consequências nos padrões de consumo, o empresário não deixa de mencionar a preferências por “produtos básicos, e dentro destes os produtos básicos de tomate (polpas, coulis, passatas, triturado). Acrescenta ainda que “se verifica o crescimento das refeições em casa, o que associado é menor disponibilidade de tempo da sociedade moderna, leva à maior procura soluções rápidas”. E quanto ao reflexo na facturação da empresa é categórico em afirmar que estima um “crescimento geral, nos próximos ano, das categorias baseadas em tomate”.

Fonte: Económico

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