Os trabalhadores da Siderurgia Nacional foram informados pela administração de que a empresa poderá mudar-se para Espanha, devido aos custos de energia, e apelaram à intervenção do governo.

Américo Leal, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, falou à Lusa após um plenário nas instalações da empresa, cuja administração informou “o sindicato e comissão de trabalhadores, que, ou se resolve o problema do custo da energia, ou o futuro pode passar por levar a empresa para Espanha”.

A Lusa contactou a administração da Siderurgia Nacional mas até ao momento não foi possível obter qualquer esclarecimento.

No plenário, os trabalhadores da empresa no Seixal decidiram pedir uma reunião com os grupos parlamentares e o ministro da Economia, com as câmaras municipais da Maia e do Seixal e realizar um plenário com os trabalhadores da Maia.

Américo Leal referiu que a Siderurgia Nacional tem cerca de 750 trabalhadores, nas empresas do Seixal e da Maia, salientando que o governo deve intervir para garantir os postos de trabalho.

A reivindicação da empresa vai ao encontro do que a CGTP tem defendido, “que é preciso baixar o preço da energia, não só nesta empresa, mas no país”, disse.

O sindicalista referiu que a empresa informou que os custos da energia em Espanha por megawatt/hora são 21 euros mais baratos.

“Este é um problema que o Governo tem que ter em conta, pois são 750 postos de trabalho em risco”, salientou.

Ficou ainda previsto um novo plenário com os trabalhadores para fazer “um novo ponto de situação”, segundo Américo Leal.

Fonte: Negócios

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