O alerta consta de um estudo da Deloitte, onde se analisam cerca de 500 empresas cotadas.

Aproximadamente um terço das companhias petrolíferas enfrenta, ao longo de 2016, um elevado risco de falência.

Em causa estão os baixos preços da produção de petróleo e gás natural e as consequentes dificuldades de acesso ao crédito e de redução da dívida, alerta a Deloitte.

O relatório da consultora, que analisou cerca de 500 empresas, cotadas em diferentes bolsas mundiais, tem por base o actual cenário de baixas cotações do crude, as quais se mantêm em mínimos dos últimos 10 anos. Situação que já obrigou diversos grupos petrolíferos a rever em baixa os seus planos de investimento e a despedir milhares de trabalhadores.

As 175 empresas à beira da bancarrota têm mais de 150 mil milhões de dólares de dívida e enfrentam uma crescente dificuldade de gerar dinheiro, dado o escasso valor das ofertas no mercado secundário e com a venda de activos.

“Este será um ano de difíceis decisões, onde tudo virá à superfície”, sublinhou John England, vice-presidente da Deloitte, citado pela Reuters.

Os rumores crescentes sobre a queda de produtores de hidrocarbonetos não convencionais nos EUA não param de aumentar. Na semana passada, a Chesapeake Energy, uma das maiores companhias de ‘shale gas’ (gás de xisto), foi obrigada a vir a público desmentir um alegado pedido de protecção de credores, depois das suas acções terem caído quase 50%, num só dia.

Em Portugal, a Galp fechou o ano de 2015 com lucros de 639 milhões de euros e um resultado bruto de exploração (EBITDA) de 1.564 milhões de euros. Respectivamente, mais 71,5% e 19%, do que em igual período do ano anterior. A dívida líquida caiu 98 milhões de euros, para 2.422 milhões de euros, de 2014 para 2015.

A empresa já fez saber que haverá ajustamentos, face à actual conjuntura, no seu plano de negócios para 2016-2020. A sua estratégia será apresentada em Londres, no próximo dia 15 de Março.

Fonte: Económico

Comentários

comentários