Entre os empréstimos de risco, encontram-se créditos concedidos ao Grupo Espírito Santo, ao Grupo Lena ou ao empresário angolano António Mosquito.
A Caixa Geral de Depósitos emprestou 2,3 mil milhões de euros que agora corre o risco de não receber de volta. Segundo o Correio da Manhã desta terça-feira, 14 de Junho, uma auditoria que terminou em Agosto de 2015 considera que o banco concedeu créditos com “deficiente análise de risco” ou com garantias claramente insuficientes.
O maior devedor é o grupo Artlant – com 476 milhões – que planeava construir em Sines um dos maiores projectos industriais de Portugal. No entanto, o projecto foi abortado pela falência de um dos seus principais accionistas, a catalã La Seda.
Alguns destes empréstimos foram concedidos durante a passagem de Armando Vara e de Carlos Santos Ferreira pela Caixa. Mas alguns foram concedidos mais recentemente, como a exposição de 303 milhões ao grupo Efacec, cujo empréstimo beneficiou os seus dois maiores accionistas – Grupo Mello e Têxtil Manuel Gonçalves – que depois venderam a empresa à empresária Isabel dos Santos.
Entre os empréstimos de risco, encontram-se também créditos concedidos ao Grupo Espírito Santo, ao Grupo Lena ou ao empresário angolano António Mosquito. Entre 2011 e 2015, as imparidades da Caixa atingiram 6,1 mil milhões de euros.
Os maiores devedores da Caixa (valores de Agosto de 2015)
Total de exposição: 2.264 milhões de euros
- Artlant – 476 milhões
- Grupo Efacec – 303 milhões
- Vale do Lobo – 283 milhões
- Auto-estradas Douro Litoral – 271 milhões
- Grupo Espírito Santo – 237 milhões
- Grupo Lena – 225 milhões
- Grupo António Mosquito – 178 milhões
- Reyal Urbis – 166 milhões
- Finpro SCR – 124 milhões
Fonte: Negócios