Índice chinês descola dos mínimos de quatro meses e de uma série de fortes perdas depois de mais medidas dos reguladores para travar quedas das bolsas.

O índice accionista chinês Shanghai Composite Index fechou a sessão a disparar 5,8%, no melhor desempenho desde 2009, depois de as autoridades chinesas terem intensificado as medidas para travar a derrocada no valor das acções vivida nos últimos dias.

Entre as medidas anunciadas ontem ao final do dia estão a proibição de venda de títulos por parte de accionistas com uma participação superior a 5% numa determinada empresa e a suspensão adicional de cotações.

O Ministério da Segurança Pública vai ajudar o regulador dos mercados a investigar vendas prejudiciais a descoberto e o vice-ministro com a pasta, Meng Qingfeng, visitou o escritório das autoridades dos mercados depois de estas terem garantido que vão punir as acções de manipulação do mercado.

A praça chinesa tinha fechado a sessão de ontem com um recuo de cerca de 6% que levou as acções para o pior valor em quatro meses, encerrando o dia com mais de 70% dos títulos com negociação suspensa, parte deles por terem alcançado o valor máximo de desvalorização diária de 10%.

“À medida que a China amplia os seus esforços para salvar o mercado, incluindo o envolvimento do Ministério da Segurança Pública, o sentimento do mercado está a recuperar ligeiramente do pânico de ontem”, disse à Bloomberg o analista Qian Qimin da Shenyin Wanguo.

Entre os esforços avançados nas últimas horas estarão os do governo de Pequim para que a China Securities Finance Corporation venha a comprar fundos no valor de 29 mil milhões de euros.

Em menos de um mês as acções no mercado chinês perderam 30% do seu valor, depois de uma subida de 150% em menos de um ano impulsionada por medidas destinadas a reanimar o consumo e pelo apetite por activos de retorno rápido.

As medidas avançadas pelo Governo para conter o sell off incluem o corte de juros, a suspensão de negociação de acções – hoje cerca de metade dos títulos mantiveram-se nesta condição -, a compra de acções próprias, a suspensão de entrada de novas cotadas em bolsa, o aumento de liquidez para o financiamento da compra de acções e a criação de um fundo entre os bancos e os intermediários financeiros.

Fonte: Económico

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