A start-up portuguesa CrowdProcess tem um sistema para análise de risco de crédito. Com quase cinco anos de vida, foi considerada a melhor “fintech” da Europa e prepara-se para aumentar a equipa e expandir mercados.

O James não é uma pessoa, mas o software criado pela CrowdProcess, uma start-up portuguesa, para ajudar a banca de média dimensão a analisar os riscos de crédito. Na semana passada, na maior conferência de tecnologia financeira (“fintech”) ao nível europeu, a CrowdProcess foi considerada a melhor “fintech” do Velho Continente.

Pedro Fonseca (na foto), CEO da start-up, conta ao Negócios que este evento “em termos de interesse, foi do melhor que poderíamos ter tido”. “Apresentámos o James a uma audiência que era do sector

[financeiro]. Pela primeira vez, estivemos a falar com pessoas que estavam completamente no nosso ‘target’. Por isso, identificaram-se completamente com os problemas, que dissemos que já tínhamos resolvido com o James. E perceberam que também tinham esses problemas e que conseguiriam resolvê-los com o James”, acrescenta.

Nascida há quase cinco anos para responder a uma necessidade real do sector financeiro – analisar os riscos de crédito – a empresa liderada por Pedro Fonseca tem clientes no mercado nacional, mas também em Espanha e França. “Estamos a começar no [mercado] do Reino Unido e nos Estados Unidos. Além disso, começámos a ter [manifestações de] interesse por parte de mercados emergentes, inclusive do México e da Turquia, países que têm de facto este problema [falta de meios para analisar riscos de crédito] muito agudo e crítico. Só queremos entrar nesse espaço com parceiros locais que conheçam bem as pessoas e a forma como se trabalha. Nós focamo-nos na parte da tecnologia”.

A entrada nos novos mercados é feita com o apoio de parceiros, como é o caso de consultoras, pois assim a empresa não tem de “montar uma equipa de vendas gigantesca” nos mercados em que pretende entrar. “Uma consultora consegue imediatamente colocar-se no posicionamento certo, da forma certa. Adicionalmente, conhece o mercado”.

Actualmente com sete trabalhadores, esta start-up continua incubada na Startup Lisboa, mas mudou-se recentemente para um escritório com capacidade para 20 pessoas. O crescimento da equipa é pois um objectivo.

Por outro lado, Pedro Fonseca confessa que a empresa está numa situação que pode ser considerada de “luxo” – pois “não estamos numa posição em que precisamos de investimento”.

Fonte: Negócios

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