O investimento das empresas aumentou em 2014 mais do que estas anteciparam. E para este ano, a perspectiva é de que volte a crescer ainda que a um ritmo mais moderado.

As empresas em Portugal tencionam aumentar o seu investimento este ano em 2,5%, quando comparado com o que foi realizado no ano passado, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, 9 de Julho. Este crescimento corresponde a uma revisão em alta, já que no inquérito anterior, a perspectiva era de diminuição de 2,2%.

As empresas do quarto escalão, ou seja, que têm 500 ou mais pessoas ao serviço, são as que mais contribuem para esta perspectiva, seguidas pelas empresas do segundo escalão (entre 50 e 249 pessoas ao serviço). As empresas que pertencem ao terceiro escalão (entre 250 e 449 pessoas ao serviço) também estão positivas, enquanto do lado oposto estão apenas as pequenas e microempresas, com menos de 50 trabalhadores.

Por sectores, é no comércio por grosso e a retalho que se prevê um maior contributo para o aumento do investimento, seguido pelos transportes e armazenagem. Mas o maior crescimento é esperado por parte do sector financeiro e segurador.

O autofinanciamento é a forma a que mais empresas recorrem para financiarem os seus investimentos, com 69% das empresas a apontarem este meio como o com maior peso em 2015. O financiamento bancário surge em segundo, com cerca de 18%, enquanto os fundos comunitários correspondem a menos de 4%.

Em relação a 2014, “os resultados apurados no Inquérito de Conjuntura ao Investimento de Abril de 2015 (com período de inquirição entre 1 de Abril e 1 de Julho de 2015) apontam para que se tenha registado um aumento de 5,4% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) empresarial em termos nominais, em 2014”, revela o INE. Este número corresponde a uma revisão em alta de 4,4 pontos percentuais face às estimativas iniciais.

O maior contributo para esta evolução foi verificado pelas empresas pertencentes ao quarto escalão (que têm 500 ou mais pessoas ao serviço). “A variação de 5,4% da FBCF empresarial apurada para 2014 resultou dos contributos positivos dos destinos do investimento em equipamentos e em construções (5,7 p.p. e 1,5 p.p., respectivamente), enquanto o contributo negativo mais significativo verificou-se na afectação em outros investimentos (-1,6 p.p.)”, acrescenta o INE.

“Relativamente às expectativas de criação de emprego resultante do investimento realizado ou a realizar, a maioria das secções apresentou saldos de respostas extremas positivos. Considerando a média dos dois anos analisados, salientam-se as secções de Actividades de Informação e de Comunicação, de Actividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares e de Indústrias Transformadoras com as médias mais elevadas para os respectivos saldos. Em sentido inverso, as secções de Actividades Financeiras e de Seguros e de Construção apresentam em termos médios, os únicos saldos de respostas extremas negativos”, adianta a mesma fonte.

Fonte: Negócios

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