Alvo de um Processo Especial de Revitalização (PER), a Urbanos SGPS desenvolveu uma estratégia de recuperação económico-financeira e de crescimento que passa pela entrada de um ‘private equity’ no capital desta empresa de logística, liderada por Alfredo Casimiro.

Sem dívidas aos trabalhadores, aos subcontratados, às Finanças e à Segurança Social, mas com um crédito total reconhecido no PER da ordem dos 44 milhões de euros, essencialmente à banca e a outras entidades financeiras, conforme  informação do Citius, o grupo Urbanos tem várias opções, disse o presidente da empresa ao Económico. “Pode vir a entrar um private equity no nosso capital”, disse Alfredo Casimiro. “A estratégia futura do grupo Urbanos passa ainda pela agregação de outros activos que tenham substanciais sinergias connosco”, adianta. Isto significa agregar empresas relacionadas com as áreas da economia real como a logística e a distribuição expresso”, acrescenta.

O CEO do grupo confirma ao Económico que a colocação do PER foi previamente negociada com as instituições financeiras e ainda que estão a ser negociadas as condições para o crescimento da empresa que regista uma melhoria do resultado operacional em 2015 e uma tendência ainda melhor em 2016. Alfredo Casimiro atribui à euforia dos investimentos num período recente e à crise económica os mais resultados subsequentes.

O grupo Urbanos tem 400 trabalhadores directos e cerca de 300 subcontratados. A opção pelo PER, segundo a mesma fonte, “visa criar condições de sustentabilidade para o futuro”. O gestor afirma que a empresa “mantém um serviço de qualidade e excelência. Em 2015 o grupo Urbanos já teve um EBITDA positivo  e prevê-se para 2016 uma melhoria do mesmo. Estamos certos de que sairemos mais fortes, mais competitivos e mais motivados para continuar a prestar aos nossos clientes e a todo a sociedade um serviço de qualidade, valor acrescentado e constante inovação”.

A gestão da empresa fez uma primeira abordagem com os principais credores, decorrendo 60 dias de negociações. Sobre eventuais cenários futuros destas negociações, Alfredo Casimiro disse ser prematuro outras declarações, mas reforçou a confiança numa estratégia equilibrada para o futuro. Frisou que dependem do grupo 700 famílias “pelas quais estou absolutamente seguro que vale a pena continuar a lutar com vista à manutenção dos postos de trabalho”.

Fonte: Económico

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