A petrolífera angolana regista uma imparidade técnica de 50 mil milhões de dólares, um valor que equivale a metade do PIB do país. A informação é avançada pelo jornal brasileiro Valor Económico.

A Sonangol regista uma imparidade técnica de 50 mil milhões de dólares. Este desvalorização dos activos da empresa foi detectado pela comissão de reestruturação do sector petrolífero e que que culminou com a nomeação de Isabel dos Santos para presidente do conselho de administração da Sonangol.

A existência desta imparidade é avançada pelo jornal brasileiro Valor Económico, o qual cita pessoas fontes próximas do processo para avançar com a informação. A falha de 50 mil milhões de dólares (44 mil milhões de euros) equivale a metade do PIB (produto interno bruto) angolano, que em 2015 foi de 100 mil milhões de dólares (88 mil milhões de euros).

Segundo o Valor Económico a avaliação feita pela comité de reestruturação detectou “discrepâncias ” entre os fundos recebidos e investidos pela Sonangol. Além disso, terá concluido que a petrolífera sobrevalorizou alguns dos seus activos e não terá negociado os contratos de concessão em defesa dos melhores interesses do Estado.

Ainda de acordo com o Valor Económico, o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, decidiu colocar a filha Isabel dos Santos a dirigir a Sonangol, depois de ter tido conhecimento das “perdas substanciais” registadas pela petrolífera nos últimos anos.

Em 2015, a Sonangol apresentou um lucro de 251,8 milhões de euros, uma queda de 68,27% por comparação com o resultado de líquido de 793,7 milhões de euros registado em 2014.

Em Fevereiro deste ano, durante a apresentação de resultados, a Sonangol garantia que para responder a este cenário difícil iria manter as medidas do ano passado “para a redução do custos” as quais seriam reforçadas em 2016 com “a revisão de alguns projectos de investimentos e o recurso à opção de descontinuidade de activos e negócios não nucleares”.

Isabel dos Santos, quando tomou posse na segunda-feira, 6 de Junho, como presidente do conselho de administração da Sonangol, garantiu que um dos objectivos a atingir é o de “aumentar a rentabilidade, a eficácia e transparência” da empresa.

A empresária acrescentou que o “desafio nos próximos 100 dias” passa por “continuar a fazer o diagnóstico profundo” já iniciado, para “perceber melhor os ganhos de eficácia e eficiência que a empresa pode obter rapidamente”.

Fonte: Negócios

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