A perda contínua do volume de negócios foi compensada pela subida da taxa de exportação e da produtividade.

Nas últimas semanas, temos vindo a analisar a evolução da economia portuguesa, com enfoque no desempenho das sociedades não financeiras. De acordo com as estimativas da IGNIOS, o crescimento sustentado das exportações tem sido a principal determinante da variação positiva registada no PIB, o que gerou um aumento das capacidades de financiamento das empresas exportadoras. Adicionalmente, com o aumento da sua taxa de exportações, as sociedades não financeiras criaram e acumularam mais valor e dinheiro, aumentaram a sua produtividade, diminuíram o seu risco estratégico e melhoraram a sua relação risco-rentabilidade.

Estas são as principais conclusões que decorrem da análise dos indicadores microeconómicos calculados pela IGNIOS a partir de valores agregados das demonstrações financeiras de cerca de 325 mil sociedades não financeiras.

Entre 2010 e 2012, observámos uma forte diminuição da criação de valor e da geração de dinheiro a partir dos negócios, com uma forte diminuição dos fluxos de valor a induzirem um resultado líquido agregado negativo em 2012. Em 2013 pudemos constatar um aumento da produtividade (5,1%), dos fluxos de valor (5,9%) e dos fluxos de caixa gerados pelos negócios (12,9%). Adicionalmente, o grau de absorção desses fluxos de valor por custos de financiamento alheio (juros) reduziram de 47,6% para 41,7%.

Salienta-se o grande desfasamento entre o indicador de fluxos de valor (EBITDA Recorrente) e o EBITDA contabilístico definido pelo SNC (Sistema de Normalização Contabilístico):

O EBITDA recorrente tem como limites extremos 27.612 milhões de euros em 2010 e 23.554 milhões de euros em 2012, enquanto o EBITDA SNC oscilou entre 42.805 milhões de euros em 2010 e 24.007 milhões de euros em 2012, sempre com valores superiores.

Fonte: Económico

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