O mercado de fusões e aquisições em Portugal registou um crescimento de 67% no número de operações em agosto e um aumento de 10% nos primeiros oito meses do ano, segundo a consultora TTR.

De acordo com o Relatório Mensal Ibérico elaborado pela TTR, o mercado de fusões e aquisições em Portugal contou com um total de 172 transações entre janeiro e agosto, o que representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

O volume total movimentado neste período foi de 6,88 mil milhões de euros, mas apenas 73 operações tiveram o seu valor divulgado, segundo o Relatório Mensal Ibérico elaborado pela consultora.

No mês de agosto de 2016 foram registadas 20 transações, o que representa um aumento de 67% em relação ao mesmo mês de 2015, mas o valor total movimentado (tendo em conta apenas as operações com valor divulgado) foi de 631 milhões de euros, que representa uma quebra de 18% em relação ao mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano (janeiro-agosto), os subsetores mais ativos do mercado nacional foram o financeiro e seguros, o imobiliário, a tecnologia e a saúde, higiene e estética.

Em relação ao mesmo período de 2015, o subsetor financeiro e seguros registou um aumento de 50%, o imobiliário recuou 4%, o de tecnologia registou um aumento de 17% e o de saúde, higiene e estética progrediu 33%.

Nos primeiros oito meses deste ano foram registadas 66 operações de aquisição por empresas estrangeiras em Portugal (transações ‘inbound’), com Espanha a destacar-se como o principal investidor estrangeiro (com 15 transações que movimentaram 2,47 mil milhões de euros) e os EUA a ocuparem o segundo lugar, com 13 operações que movimentaram 111,08 milhões de euros.

De acordo com o relatório, o subsetor que mais tem atraído investimentos estrangeiros é o da tecnologia, seguido pelo subsetor financeiro e seguros e distribuição e retalho.

Em relação às empresas portuguesas que adquiriram participação em empresas estrangeiras (‘outbound’), foram registadas duas aquisições na Espanha e uma aquisição em França, no Brasil, no Reino Unido, em Angola e na Alemanha.

Estes investimentos foram feitos nos subsetores da química e materiais químicos, distribuição e retalho, vidro, cerâmica, papel, plásticos e madeiras, ‘marketing’ e publicidade, imobiliário, tecnologia, turismo, hotelaria, restaurantes e energia eólica.

Ainda segundo as conclusões do trabalho, no acumulado do ano foram registadas 18 transações envolvendo empresas de ‘private equity’ no mercado português, sendo que 11 operações envolveram empresas estrangeiras e apenas oito tiveram o seu valor divulgado, movimentando um total de 1,68 mil milhões de euros.

Face aos primeiros oito meses de 2015, estes dados representam uma quebra deste tipo de operações de 31,74%, apesar de o volume total movimentado ter aumentado 572,93%, sendo os subsetores de maior interesse para as ‘privates equities’ o vidro, cerâmica, papel, plásticos e madeiras, a saúde, higiene e estética e a energia eólica.

Fonte: Notícias Ao Minuto

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